Tantas coisas

Ai, ai...com a Parada de São Paulo se aproximando, todo mundo começa a ficar tenso.
As bees já não param de ligar, o MSN grita e o Orkut bomba, umas preocupadas com as passagens (que eu só resolvi hoje - a mais atrasada!), outras com convites, hotel, roupas e a quantidade de colocón.

Claro que isso tudo tem solução. Mas existem aquelas que a preocupação maior é o truque na família.
Como evitar a cara de decepção do papai ao dizer que o querido filhinho não vai jogar bola no churrasco dos amigos de escola, mas sim ferver horrorez com aquele monte de homem suado no macarrão da The Week?! Ó, céus...

Dizer que vai pra São Paulo com os amigos justamente no feriadão de Corpus Christ é a mesma coisa do que dizer que vai pro show da Ana Carolina: explanação total.
Nos outros finais de semana, justifica-se com Skol Beats, congresso de enfermagem, corrida de Fórmula 1 e até passeio cultural na Bienal. Mas no Corpus Christ, nem a Marcha pra Jesus vira uma boa desculpa.

Pra quem estuda Direito, há um tal de Jogos Jurídicos que sempre caem nesse período (podendo arrancar dindin do papai e tudo!).
Pras cariocas, há uma tal de Festa do Tomate na serra com atrações do naipe de Calypso e Daniel. (Aliás, velha é a história de uma ameega que deu essa desculpa pra mãe e ouviu: "Esse tomate tá mais pra caqui, hein?!". Pano rápido...)
Pras mineiras, tem o festival de Alegre, no Espírito Santo (que esse ano tem até Lauryn Hill, menino!)
Além dessas, as já manjadas Buzios, Angra, Maresias, Salvador ou qualquer outro destino turístico fazem a alegria das historinhas pra boi dormir.

Se pras forasteiras é mais fácil, me preocupa como as paulistanas arrumam uma saída. Dizer que quer ficar na cidade enquanto o resto da família desce pro litoral ou que marcou um cineminha na região da Paulista domingo à tarde é, sem dúvida, digno de troféu cara-de-pau.

Arrumado o lugar e as companhias (casa da Patricia, aniversário da Maria, todo mundo da faculdade vai), é hora de atenção pro truque não dar errado e você não ser descoberto - nem uma semana e nem um mês depois.

Muito cuidado com as malas, passagens e reservas - só na ponte aérea são uns 300 papéis, fora as etiquetas de bagagem, que não podem dar sopa em cima da mesinha de canto -, telefonemas - não é nada bom vir aquela chamada interurbana 011 na conta do celular, cartão existe pra isso -, tubo de KY, glitter, asa de anjo e sunguinha com bandeira do Brasil.
E, não custa lembrar, atenção redobrada no link ao vivo pro Domingão do Faustão ou, horror dos horrores, Silvana Killing direto do helicóptero pro Domingo Legal.
Imagina, depois de tanto trabalho, ser reconhecido pelo seu tiozão barrigudo ao lado da Sylvette Montilla?!
É com você, Gugu.

No mais, é tempo de festa, ferveção, colocação, amigos, alegria, jogação e, claro, muito orgulho. De sermos quem somos, apesar de nem sempre podermos ser.
Mas a esperança de dias melhores existem. E é pra isso que estamos aí, né?

Só não vão ser bobas e esquecer do principal: camisinha sempre, pra tudo e pra todos.