quarta-feira, junho 13, 2007

Pride and the city... I

Então vamos lá…
Apesar de os maiores basfonds – alguns impublicáveis – já terem rolado na lista de emails dos amigos, falta contar aqui todo o feriadão do Orgulho de 2007.

Saímos do Rio no inicio da tarde. Tanto o aeroporto quanto o vôo estavam lotados de bees cariocas, ansiosas pela melhor semana paulistana, também conhecida como segundo carnaval gay.
E pela primeira vez em muito tempo, não pegamos qualquer atraso para decolar. Amém!
Mas Jesus... Achamos que aquele avião velho e barulhento nunca fosse chegar a SP...

Voltamos domingón a noite, num Congonhas lotado de bees de todos os cantos do país. Até no aeroporto o pessoal ainda estava animado. Tinha um gringa no vôo que não tirou os óculos escuros, sabe-se lá porquê.

Foi muito cansativo, mas muito divertido. Imagino pra quem trabalha e ganha um aqué nessa época. São esses os verdadeiros profissionais de um evento que cresce a cada ano...

E pra tentar simplificar, vou dividir em dois posts, um sobre as três festcheenhas e jogações e outro sobre a cidade, os basfonds e a maior Parada do mundo.

---

X @ Pacha

Como todo mundo sabe, a festcheenha da quinta-feira foi a X Demente na Pacha SP, motivo maior da minha enorme insistência pra ir o quanto antes pra terra da garoa.
Eu já sabia que Fabio Monteiro, Chris Cox e aquele club não iriam me desapontar. E foi isso o que aconteceu.

O lugar é o máximo, novo, enorme, branco e muito bem distribuído. Imaginava ser algo mais chic mas, pensando bem, o ambiente é exato. (Até os comentários A de Buenos Aires é melhor... Mas eu prefiro a de Ibiza... foram divertidos. kkk...)
Longe para caráleo, é verdade. A Marginal Pinheiros não acabava nunca, mas entre peixarias e caixas de legumes do Ceagesp – que ate hoje não descobrimos o que significa essa sigla, já que o motorista da volta, a quem perguntamos, estava mais louco do que nós – lá estava a buatchy.

Pegamos pouco da Alyson, que já veio milhares de outras vezes e nem interessava muito, mas curtimos Chris Cox desde o inicio. Aliás, foi uma onda coletiva quando estávamos entrando e arrasando ao som de "You're free... to do what you want to do..." .
Momento pra ficar na memória.
O set seguiu cheio de referências, coisas antigas – "It's not right, but it's ok" adoro! -, coisas Thunderpuss, coisas novíssimas e um som que não deixava a gente parar de dançar, rodar, gritar, pular e se divertir um minuto.

Aliás, aquela arena era um mistério. No meio da noite, desenvolvemos a teoria de que a pista seria rotatória. A cada minuto estávamos em um lugar diferente e no fim já tínhamos dado umas duas voltas de 360º.

Destaco os ápices da festa:
- a água com bico squeeze e rótulo Pacha - phynna;
- os telões by Jodele Larcher. As imagens de todo o caminho percorrido entre Rio e SP pela Dutra e a tela dividida com panorâmicas das duas cidades eram incríveis. Davam a dimensão da festa – que, com um pouco de empenho dos produtores, consegue arrasar em qualquer lugar -, o poder das duas metrópoles e como elas se completam.
E ainda tinha o esqueleto tentando engolir uma cápsula que ia e voltava na boca até tomar um gole de água - divertidíssimo;
- o banheiron feminino. Deus! Nunca vi um banheiro feminino de buatchy tão fino quanto aquele. Sentamos, conversamos, conhecemos bees engraçadíssimas do Brasil in-tei-ro. Seria capaz de morar nesse banheiro, foi *A* frase da festa. Pra se ter uma idéia, teve uma hora que a segurança a la Queen Latifah fechou a porta pra limpeza e ficamos só nós e uma bee de Salvador que queria se olhar no espelho! Ou seja, onda do banheiro total.

Achei indignas a ausência de chapelaria – que, apesar de existir fisicamente, não estava funcionando quando chegamos – e o terraço sem qualquer tratamento ou iluminação decente. Aliás, poderiam ter abusado mais na decoração toda, porque o espaço permite. Mas como essa foi a primeira, dá pra acertar as próximas...
O fato de não aceitarem cartão de credito também é SEMPRE uó, mas como nem os ingressos da X a gente pode comprar de modo mais moderno (crédito, débito ou internet, só cash), esse fato nem me surpreendeu - vale dizer que na quarta-feira tive que andar da Praça da Paz até o inicio de Ipanema para achar um caixa eletrônico do Real pra comprar, que não existe perto da Foch!

Ana Paula fechou com chave-de-ouro, como se estivesse em casa – e estava, tamanha a vibe carioca. E olha que não agüentei até o final, desisti quando desarrumaram a festa, tiraram os espelhos do laser e o vaso de flor que estava no palco.

Lá fora, uma mega fila pra pegar um táxi – erro do club, mas táxi em SP é algo MUITO estranho, vou falar depois sobre isso – que acabamos furando contra a nossa vontade.

Definitivamente, a X voltou. E devido à excitação e à ansiedade que envolveram essa edição, foi, junto com a Enjoy de Carnaval, a festa desse ano que me deixou boquiaberto – até porque já sabemos o que encontrar na maioria dos lugares, para o bem ou para o mal, como a TW, onde tudo funciona perfeitamente.

----

Rosabel @ The Week

A noite de sexta foi daquela tal de DJ Rosabel, uma safada que toca horrorez de tribal. Brincadeirinha, ne, bees.

Ralphi Rosario e Abel, juntos, são imbatíveis. Foi o melhor som de tooooooda a jogação, na minha humilde opinião. E separados, Ralphi é bem melhor que Abel.
Fizeram um set perfeito, não ouvi reclamação de absolutamente nada, muito tribal bom, muito Offer, Peter, Rosabel, ChaCha Heels, Forbidden Love, algo progressive, com um astral leve e divertido.

A The Week continua mostrando porque é o melhor lugar do Brasil, com qualidade e profissionalismo. E graças a Deus, com os 1623758 mil eventos dessa Parada, a festa não estava insuportavelmente tão lotada como no ano passado.

Ah, namorado fez uma enorme amizade com a senhorinha que cuida do banheiro do lado direito. Gente, que phopha é a Dona Helena!
Era engraçadíssimo vê-la batendo nas portas das casinhas que tinham duas, três ou quatro bees pegadeiras e/ou padezeiras. Aliás, a primeira cabine estava com a tranca quebrada, ela abria e a vovó sempre aparecia na janela.

Ih, quase esqueço de contar da amizade que fizemos com Regina, uma japonesinha paulista que mandava beijos voadores a todo momento para todos nós.
Um amor esse pessoal de Sampa...

No meio da noite, tivemos outro encontro glamouroso no banheirón.
Aliás, Almada deveria pôr uns pufes naquele banheiro branco pra dar mais conforto às bees, já que aquele lounge onde hoje são os caixas acabou.

Arrasamos bebendo muito Chandon e muito morango com champagne. Comemos barrinhas Supino – o hype da buatchy – e maçãs vindas diretas do pomar. Adorei.

A única coisa que eu continuo reclamando da TW é aquele furacão que existe na pista. Gente, aquilo é O ERRO. Fica um clarão na frente do palco, desarruma o picumã, um frio do cacete. Ninguém consegue ficar ali!

Saímos no final, quando tudo acabou, pegamos uma fila básica de táxi e eu fiquei LOKA de irritada, briguei, mas ficou tudo bem. Kkkkkk.....
Faz parte.

-----

Peter @ The Week

Peter é sempre Peter. International Top DJ Peter Rauhofer, como dizia o telão luxuosíssimo que completou o visual do club lotado, tanto quanto no ano passado, com ingressos a 200 na porta (e nós compramos por 30...adoro ser previnido!)

O meio do set foi bastante electro, o que movimenta a pista de um jeito bem diferente, mas depois ele entrou com um tribal tãaao bom...
Confesso que o set dele na Enjoy do Vivo Rio foi melhor, mas não tem como ser ruim. Ouvir ManEater e Say it Right...adoro.

Ah, e não é que ele tocou Beautiful, da Christina? Gente, essa música era uma das minhas preferidas no início de gay nightlife. Sabe quando algo te traz aquelas boas lembranças?
Até Estefanio perguntou "Bee, você pegou a época dessa música?". Sim... outro momento pra guardar na memória.

A noite serviu pra estreitar ainda mais os laços de amizade com Dona Helena, que disse, depois que o namorado nos apresentou, que eu dava um caldo.

No final, dizem que deu basfond a passagem de som pro Isaac Escalante, que colocou o fone e tomou um "avoa, bee" do Peter. Carão é tudo nessa vida.
Falando em Isaac, depois de três dias de fervo eu já não agüentava muita coisa... Terminamos ouvindo um pouco do set do mexicano à beira da piscina, enquanto eu descansava e tomava uma corzinha naquelas cadeirinhas.

Saímos ás 11 horas e a The Week continuava bem cheia, com as bees fervendo horrores.

----

Bom, fomos a essas três festas... Digo porque, com tantas opções que existiam, escolhemos as principais, com os top DJs e nos melhores lugares, pelo menos pra gente.

Não nos enfiamos em buracos, festas capengas ou flopadas. E quanto aos tops, pra mim foi um verdadeiro acerto. Sem DJs trukados do Chipre ou desconhecidos, sem o Mike Cruz e Tony Moran tocando as mesmas coisas...
Claro que foram basicamente os mesmos DJs do ano passado, mas não dá pra imaginar outros tão bons assim. Quem sabe não vemos em 2008 um duelo Offer vs Peter ou Chus & Ceballos, hein...

Já li notícias sobre as outras festas e os outros eventos, com a maioria das pool parties vazias, como eu previ aqui. A fórmula batida, a grande concorrência e mega eventos afastaram o público dos locais menores.
Até Tony Moran, no barracão da Rosas de Ouro, tocou pra 30 pessoas. Aff...!

Quem foi esperto, como a Rosane, não gastou a imagem e preferiu outro tipo de evento, com bastante sucesso. A TW guardou sua Nova Pool Party e lançou a Pomba Gira-Sol, a única day party que realmente bombou e que nós, acabadíssimos, preferimos trocar por uma super caminhada na Oscar Freire.
Alguém tem que avisar pra esses outros produtores que com muita sede ao pote, todo mundo fica sem nada.
Querer tirar proveito de tudo não dá. Profissionalismo na noite é enxergar o futuro.

Ai, agora é dar um tempo na jogação. Essa semana tá fo-da.

Phyyyynna!

Sem comentários: