sexta-feira, março 07, 2008

Close the door behind you

Há exatamente um ano, o lendário club Roxy fechava as portas em NYC, supostamente por causa da especulação imobiliária na cidade. Se era verdade ninguém sabe, mas fato é que sua closing party foi o evento mais baphônico de 2007: ruas interditadas, fila gigante às 4 da manhã, clima saudosista e Peter Rauhofer fechando o set com Last Dance, levando os Chelsea boys à loucura.

No mês seguinte, o DJ estreava na Stereo NY sua festa semanal, a Work. Como todo mundo sabe, muita gente passou pelo club nesse ano e se consolidou na cena gay novaiorquina - de Offer a Paulo, passando por Hector Fonseca e Stephan Grondin, todos conhecidos das nossas pistas, com exceção do superelogiado Jonathan Peters, que eu ainda não vi por aqui.

E não é que agora a Stereo também vai abaixo?
De uma hora pra outra, de repente assim, sem mais nem menos, acontece nesse sábado a festa de despedida do local. Tão de surpresa que a agenda já divulgada da Work estava lotada de boas atrações até o final de abril...

Será esse mais uma vítima das construtoras? Na verdade, a história contada é que o imóvel teria sido desapropriado pela prefeitura para melhorias das avenidas e acessos – e a briga na justiça em torno dessa desapropriação já vinha há algum tempo (John Blair, ex-produtor do Roxy, teria avisado do bafão quando Peter rompeu relações e procurou novos produtores pra sua festa) mas só agora a decisão final saiu – e por isso tudo tão repentino.

Fato que não é de hoje que há uma caça às bruxas na vida noturna da Big Apple. Muitos dizem que a noite de lá está morta desde as ações políticas de Rudy Giuliani pra colocar ordem na bagunça (alguma semelhança com o Kassab é mera coincidência) – e por isso a invasão das bees americanas aos megafestivais do Canadá.
Já outros afirmam que a era dos grandes clubs está acabando e o babado agora são pequenos locais, mais intimistas – mas parece que essa idéia não faz muito a cabeça dos público gay, que tem mania de grandeza.

E a zica do Peter parece mesmo que anda braba: no after da Winter Party no último domingo, lá pelas 11 da manhã a música parou e o DJ abandonou a cabine, sem ninguém entender o motivo – diz que foi uma desavença com produtores, iluminador, faxineiros, seguranças ou sabe-se lá quem.

A Work diz que anunciará um novo local pras festas em breve, mas o povo já começou o tititi, e especula-se de Pacha (onde o Calderone tem residência mensal) ao Cielo (esse com residência do Junior Vasquez).

Aliás, eu aposto que é tudo praga da aposentada Vasquez, hein...
Sabe como é, o crochê não está tendo saída. E praga de véia é foda.

Como não custa nada, caso o Peter leia esse blog (he!), fica a dica:
Venha pra São Paulo, compre um apezinho bacana nos Jardins, vire residente da The Week e arrase nas três filiais do Brasil.

Aqui não tem estresse.
E a gente ainda garante casa cheia todos os dias.

10 comentários:

Anónimo disse...

Assino embaixo:

Rachel Juraski.

Estefanio disse...

Peter Rauhofer is the new Orlando Capaluto!!
Gente babado essa história, diz q vai ser igual a o closing da Roxy, Last Dance tocando e o reboco caindo, as pilastras balançando...
Acho digno esse 'q' dramático

Leo Lazzini disse...

ow tem uma roxy aqui em BH tb, eh muito boa. fica onde eh a josefine, ja ouviu falar? ficou bonito de mais la

aeeee entra la que vai ta cheio de gatim, mas eh osso tirar foto boa, eu fico com vergonha hehe

mas qnd tiver eu ponho la

abraco

Unknown disse...

Tipo... Beesha num gosta de lugar pequeno, beesha adoro um lugar abarrotado de corpos belos e sarado...

hehehehe

Peter is such a Drama Queen!

Know How disse...

hahaha...adorei a dica ao Peter...

sabe, é fato que a tendência é de lugares menores, mais intimistas e menos "violentos". O site WGSN, especializado em tendências globais, aposta foooorte nisso para 2009. As pessoas querem ficar mais próximas, em pequenos grupos, serem mais bem atendidas e se sentirem mais seguras. Pode ser que demore para chegar aqui, massss...é tendência né?

Vamos combinar que a The Week tá looooonge de bom atendimento e segurança né?

bjs

Alberto Pereira Jr. disse...

com certeza.. vem pro Brasil Peter e faça a gente feliz

:D

Too-Tsie disse...

Ninguém entende que La Peter é assim mesmo, gosta de um bapho pra hypar e sempre estar em evidência.

Ele sempre dá a volta por cima, a véia é forte, e sempre foi assim desde seu reinado em Viena. Mas todas as tops gostam de um bafo forte, vide o histórico de Nãnã Vasquez Mum-Há!
Adorei a menção a Jonathan Peters, ele tem altos picos de criatividade, mas as vezes errava muito a mão e o resultado...era um sambão de 270.000.000bpm
Falando nele, me deu uma vontade louca de ouvir o remix dele da Paula Cole - I believe in love.
Dramático e apoteótico.

Alexandre Lucas disse...

Meus amigos que moram em NYC passam horas desabafando o tédio da noite gay de lá. Na capital do mundo, mas morrem de Saudades de SP. E nem é por ser brasileiro, um desses amigos é francês =)

Thiago Lasco disse...

Hahaha, o Estefânio não existe!!!

E por essas e outras que, sempre que eu cogito me jogar em NY, acabo repensando e decidindo por outro lugar. Aliás, os States sempre perdem a comparação com a Europa, não tem jeito...

Vc só vem pra cá na Parada? Quem é que me disse que queria curtir SP de um jeito mais light e cultural, hein, hein? hehehe

Beijos

Marcos Freitas disse...

Realmente, São Paulo tem uma noite gay que não deixa a desejar para ninguém, pena que eu estou casadinhho e um pouco longe da night.