O Paraíso é Aqui
Fim de semana passado foi feriado no Rio e em SP. E alguém teve a abrilhante ideia de mandar as bees pra onde? Pra Bahia, claro!
Como todo mundo sabe, rolou o evento Hell & Heaven na Costa do Sauípe que, como todo mundo também sabe, é um supermegaultrahiper resort a 1 hora e meia de Salvadô. O evento reuniu festas gays e djs gringos, naquele esquema que já é pra lá de tradicional nos hotéis bacanas mundo afora.
No início, namorado e eu ficamos com uma certa dúvida se seria uma boa escolha, mas diante de tantas opções existentes no supermegaultrahiper resort, pensamos que na pior das hipóteses, caso as festas fossem uma merda, poderíamos jogar golfe e comer acarajé que sairíamos muito no lucro. Às vésperas da viagem e com a notícia de que muitos amigos também iriam, vimos que acertamos em cheio.
E superou as nossas expectativas.
Primeiro porque o resort é algo sensacional. Além do golfe e do acarajé, tirolesa, piscinas, ótima comida, quartos incríveis, tênis, vôlei e muitas outras coisas nos esperam. O visual coqueiros + sol + mar é absurdo. E o staff, muito atencioso, simpático e educado – e muito bem treinado, como exigido nessas situações (a baiana que nos atendeu duas vezes no restaurante era ótima). A praia em frente ao hotel não é lá essas coisas, é verdade, mas não chega a tirar o encanto do lugar (que, aliás, oferece transfer para as boas praias da região).
As festas foram ótimas. A primeira, um baile de máscaras, contou com algumas bees mais abusadas na montação e com um cenário de cair o queixo - em volta da piscina de um dos hotéis e com o pôr do sol na praia à nossa frente -, enquanto que a pool teve um ar bem divertido, com todo mundo literalmente na piscina. A localização da Beach Party foi a única que não rolou – o terreno irregular não ajudou e eu, particularmente, esperava areia e não grama.
Nesse quesito, valem as dicas: apesar do cenário já ser mais do que suficiente, uma produção um pouco mais caprichada seria bacana (lycra esticada não é decoração) e um line up mais coeso é essencial (os brasileiros – João Neto, Ana Paula e Felipe Lira – roubaram o brilho de Abel, enquanto Wayne G deveria ter aberto a pool, e não ter sido a atração principal).
O mais bacana, porém, era o clima do lugar. A vontade de descansar e se divertir era comum a todos e mesmo quem não confiava acabou amando. E o melhor: cada um pôde medir o tamanho da sua função: pegação, colocação, descanso, amigos, casal.... as opções eram tantas que cada um fez seu final de semana exatamente do jeito que quis. Teve gente que nem apareceu nas festas, teve gente que jogou futevôlei e teve gente que conheceu todos os quartos dos hotéis. Tem coisa melhor do que a liberdade?
Claro que momentos únicos surgem exatamente nessas horas, como saguis comendo queijo do nosso prato, um dançarino do ventre horroroso fazendo performances, sotaques de todos os cantos do Brasil, praia deserta e um céu estrelado na madrugada e muitas histórias impublicáveis, mas que entram para a história.
Para quem for nas próximas ou em breve, vale lembrar que o sol do Nordeste termina cedo e aproveitar bastante o dia é importantíssimo. E, pra quem puder, é bom tirar o domingo à tarde para descansar com calma, no clima da Bahia, e voltar pra casa na segunda pela manhã.
No fim, as opiniões foram unânimes: sem dúvida, Sauípe entrou com louvor para o calendário gay do país. Ano que vem é mais do que certo.
sexta-feira, novembro 27, 2009
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2 comentários:
Oba! Texto novo.
Jura que vc fez tirolesa?
Adoro as historias impublicaveis que a gente tem que ouvir com riqueza de detalhes, afinal c vc nao contar pra gente vai contar pra quem? pra sua mae?
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