Até Quando?
Um novo mês começou e o resultado da enquete de novembro no site do Senado foi divulgado: o não venceu. Isso mesmo, através dessa enquete ficou expressa a opinião do povo brasileiro que a homofobia não deve ser criminalizada.
Mas até que não fizemos feio, sabia? Apesar da fama de que nunca nos mobilizamos seriamente para exigir nossos direitos, do fato de não termos sequer um representante no Congresso e do eterno discurso de que as Paradas do Orgulho deixaram de ser políticas para serem festas, vimos, em alguns momentos, o sim ganhando a votação, mesmo que por pouca diferença.
E sabe que fiquei surpreso? No Twitter, a campanha era diária. No Facebook, vi pessoas que eu nunca imaginaria que pudessem se importar com algo nesse sentindo postando o link para votação. E fiquei muito feliz em receber um mailing da The Week pedindo votos.
Claro que essa luta era um tanto quanto injusta. E não só pelo fato de termos os evangélicos do outro lado da batalha, também com campanhas e afins. Mas sim porque do lado de cá estávamos nós, gays, sozinhos, sem aliados. Ou qual HT entraria no site pra votar sim, por mais friendly que ele fosse? Em compensação, qualquer homofóbico votaria não, independente de sua religião... Ou seja, virou uma disputa gays x homofóbicos e não mais uma simples votação contra ou a favor da criminalização.
Aliás, há bem pouco vi um casal de duas meninas abraçadas em um local público do centro do Rio. Passei, percebi e até achei corajoso. Na volta, ja tinha um segurança perto, e, pelo jeito, não era fazer elogios à atitude delas...
No fim, o problema não é ganhar ou perder uma votação de internet que em nada vai mudar imediatamente a nossa vida. Talvez se os mesmos promoters ou sites que nos perturbam com propaganda tivessem apoiado a causa teríamos ganhado. Ou talvez não, sei lá. O mais importante, diante da sociedade tão atrasada na qual vivemos, é, ainda, a visibilidade. E para isso qualquer esforço vale a pena.
quarta-feira, dezembro 02, 2009
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