Mostrar mensagens com a etiqueta after. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta after. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, julho 06, 2009

After Rio

Na manhã de domingo rolou a comemoração de um dos afters de maior sucesso da história da noite carioca, o Pista 2. A cidade, que não é muito adepta da jogação matinal por toda a função de praia e sol, acolheu bem o evento, que super deu certo nesse primeiro ano.

Como disse um amigo, o sucesso de um after não é medido pelas pessoas que vêm da noitada, mas pelo povo que acorda às 8, toma café, coloca uma roupa limpinha e cheirosa e ao invés de caminhar no calçadão, parte pra boate. E não eram poucas as que fizeram isso, hein.

Essa edição foi mais do que especial. A galera compareceu em peso, se jogou e se divertiu muito. A Fosfobox ficou pequena pra tantos amigos e pra uma vibe tão boa. Eu, que só iria dar um pulinho por causa dos queridos amigos produtores, acabei ficando, ficando, ficando e quando fui ver - pá! - era 1 e meia da tarde e o almoço em família me esperava.

É bom ver algo que anima e desperta a vontade do povo em ter bons momentos na pista. Que venha mais um ano do after mais animado do Rio!

quarta-feira, junho 03, 2009

Não para, não para, não para, não

E São Paulo continua frenética. E lógico que eu não poderia perder a chance de conhecer novos lugares, já que quem está na chuva é pra se molhar.

Fiquei sabendo que na sexta rolou a reinauguração do club Ultra Diesel, no Centro, que eu não conhecia. Às 10 da manhã de domingo, nos momentos finais da The Week, encontrei um animadíssimo amigo carioca-que-virou-paulistano: “Vamos pro after?”. Minhas pernas não aguentavam mais, mas diante da empolgação do grupo em que estávamos, acabei cedendo.

Pra início de conversa, fico tenso com a realidade do Centrão de São Paulo, bem distante do circuito Av Paulista – Jardins que estamos acostumados. Antes mesmo de sair do táxi, fomos abordados por uns 3 pivetes e 2 mendigos pedindo 2 reais, enquanto outros usavam crack na calçada. E não, eu não moro em Zurique, mas o Centro do Rio se resume aos dias úteis no horário comercial – não há nada depois disso: a Lapa é Bairro boêmio e possui outra vibe, apesar de também perigosa, enquanto que a Saúde, na região central, é praticamente deserta. Já em plena Praça da República, muita coisa acontece.

No final, o grupo inteiro desistiu e apenas os cariocas entraram no club. Lá dentro, eu só pensava: “nunca mais reclamo da frequência da Le Boy. Nunca mais!”. Sim, a coisa é apavorante. Sei lá de onde saiu aquele povo – o pior era pensar “onde eles passaram a noite e chegaram no after?” – e confesso ter ficado com um pouquinho de medo. A infra do club é ok – e segundo fontes seguras, a reforma deu uma bela melhorada no ambiente – mas não chega a impressionar. O mais divertido foi ver o show da drag que era a cara da Elba Ramalho e segurava a peruca para não cair: não entendemos se era uma representação de um polvo com seus tentáculos ou da Mãe Natureza, a fauna e a flora. Só sei que era tudo tão trash, mas tão trash que chegou a ser divertido.

Depois de 15 minutos e uma onda gasta, rumamos pra casa, com a sensação de que já tinha sido mais do que suficiente.

Já o domingo começou na ressaca. Mas depois de um belo Bombom Deluxe na Lanchonete da Cidade – número 15.401! -, tudo mudou. O primeiro destino foi a Pool, mas depois a dúvida era “Cantho ou Gambiarra?”. A primeira eu já conhecia e apesar do querido Felipe Lira tocando, a curiosidade – sempre ela! – falou mais alto. E lá fomos nós encontrar a cariocada – e a paulistada fervida – na festa mais hype do momento na capital do país.

As comparações com a carioca Bailinho são inevitáveis: festa realizada pela galera do teatro, música variada, freqüência de cabeça-aberta. Mas para por aí. Se enganou quem achou que uma fosse a versão paulistana da outra. As músicas do Bailinho são um tanto quanto mais profissionais, a festa acontece em um club e apesar da invasão de gente comum, é feita por artistas para artistas. A Gambiarra tem uma pegada diferente: as músicas são desconexas e nem sempre a pista responde como deveria, além de praticamente não ter celebridades (celebridade em SP é algo raríssimo, aliás) – em uma ou outra edição apareceu alguém mais famoso como o Giane, enquanto o Bailinho era composto 60% de globais. Os destaques ficam orconta da frequência basicamente gay, o mix de público – pólo boys, the weekers, rastas, mudernos, emos e meninas – e o local, que é absolutamente fantástico! Pra começar, a equipe da entrada é de uma simpatia absurda. E o lugar é me deixou boquiaberto: o estilo, a áurea decadente, as escadarias, os elevadores antigos, os mil e um espaços diferentes. Ainda bem que eu estava acompanhado de antigos frequentadores, senão nunca mais sairia daquele labirinto.

Mesmo estando esgotado, às 4:30 eu saí de lá. Aproveitando tu-do. Porque guerreiro é guerreiro.

quinta-feira, abril 30, 2009

Nação Houseira

E finalmente o Chemical Music Festival divulgou tooodos os detalhes da sua quinta edição. Demorou, né, porque o evento já está quase virando a esquina.

E já que eu disse uns posts atrás que o festival tinha esquecido da house music - e fui prontamente corrigido nos comentários -, tenho a obrigação de dizer que sim, teremos uma tenda voltada para a melhor vertente da música eletrônica: a House Nation (adorei esse nome!), comandada pelo site CenaCarioca.

Claro que ficou um gostinho de quero mais. Para um festival que já trouxe os toptoptop Steve Angello e Sebastian Ingrosso com atração internacional, Booka Shade não chega nem aos pés da "máfia-sueca" (já vi a dupla alemã se apresentando numa festa HT uó na Estação Leopoldina há uns dois anos e não foi nada de absurdo).

Diante do line up, fica a certeza de que às 5 da manhã tudo se tornará house-tribal-gay com os nomes de maior destaque da cena atual no Rio: Ana Paula, Andre Garça, Patricia Tribal, Robix e Jeff Valle levarão as bees até altas horas da manhã.

E não para por aí: pipocarão afters por toda a cidade após a festa (dois clãs gays já me garantiram que farão edições na Barra, vamos esperar a confirmação).

O mês de maio, que parecia tímido, vai ganhando ares de mês bombado.

terça-feira, abril 14, 2009

Os bons filhos à casa tornam

Havia mais de um ano que eu não pisava em uma BITCH. Da última vez, a falta de estrutura me fez prometer que só voltaria quando a festa evoluísse, afinal, já não vivemos mais em época de amadores com pessoas esmagadas nas grades, cerveja quente, falta de água nos bares ou banheiros imundos.

(Só para explicar melhor: o mesmo sentimento eu tenho pelo Cine Ideal, local em que já fervi muitas e muitas vezes, mas que hoje tem uma assustadora programação bagaceira e os mesmos defeitos de quando a noite ainda era mambembe).

O inédito line up, com um top DJ internacional, e a volta à melhor locação que a festa já teve despertaram a vontade de ver de que maneira a label atualmente recebe o seu público, um dos mais fiéis da cidade. E isso me motivou a rumar para o parque de diversões às 3 da manhã.

Encontrei uma festa muito mais redonda do que deixei. Com exceção dos banheiros, onde tive impressão de que a qualquer momento levaria um tombo e deixaria a minha camisa super branca trabalhada na lama, a entrada foi organizada e os caixas e bares funcionavam muito bem (não à toa via-se uma pessoa bem íntima do staff da R:evolution controlando tudo com mão-de-ferro).

O som deu uma melhorada significativa graças à presença de Tony Moran: muitas produções do DJ e muito vocal no set, mas que infelizmente foi bem curto e acabou às 4:30. Depois, Marcus Vinicius assumiu as picapes. E aí desandou... O chato é saber que Marcus Vinicius é um ótimo DJ, mas que parecia perdido e não conseguiu fazer com que o som funcionasse - veja bem, não estou cobrando The Flame no final da festa. Longe de mim... Mas com se tratava de BITCH, não poderia esperar muito nesse quesito, já que a qualidade do som nunca foi o seu forte.

A decoração, que sempre foi o ponto alto, não existiu tão bela quanto em outras edições (compreensível, já que o "cd de remixes da Rihanna" não é um tema que possibilite muitos trabalhos) mas o imponente painel de leds na cabine, a iluminação da pista e as luzes na "cidade" do Terra Encantada deixaram a festa com um bonito visual.

O público, por sua vez, era o que chamamos de democrático. Das pintosas do bate-cabelo às barbies mais fervidas do circuito Rio-SP, todos estavam lá. Aliás, onde mais você poderia encontrar uma trava com uma roupa em que uma perna era calça comprida e a outra era short? Ou uma bee de cabelo rosa combinando com o shortinho? Momentos únicos.

E ainda teve algumas atrações liberadas (as que ainda possuem manutenção, quero acreditar). Não me arrisquei - não tenho mais idade para tais aventuras - mas amigos contaram grandes experiências no auto-pista e no barco Viking.

A festa terminou às 7 da manhã mas ficou a sensação de que faltava alguma coisa. E daí pro after foi um pulo. O fervo aconteceu num clubinho no final da Barra, o Capital Club, produzido pelas festas After Beach e Fam.us. As filas e a confusão na entrada atrapalharam um pouco (fica a pergunta: por que as bichas são tão mal educadas e adoram um empurra-empurra, mesmo sabendo que todo mundo vai entrar na festa?) mas nada que conseguisse tirar o brilho da jogação, já que o lugar é perfeito pra um after: ar-condicionado potente, bares funcionando, iluminação certa, ótimo som e um mezanino mais do que necessário. Os DJs ajudaram - e muito - no clima do lugar que, segundo um amigo, mais parecia o clipe de I'm a slave 4 u (lembre-se do video, se é que você me entende). Aliás, já ouvi a opinião que em termos de vibe, o after deu de dez na festa. E acabei concordando...

No final das contas, a festa provou que mesmo após 15 anos de existência, tem muito fôlego pra seguir em frente. Em meio a uma concorrência cada vez mais profissional, alguns ajustes são necessários, mas sem dúvida trata-se do maior evento gay da cidade. Diante de tanto sucesso, fica apenas a opinião de que a BITCH poderia se dar ao luxo de sair da fórmula arroz-com-feijão que a consagrou e arriscar novos formatos, novas programações e novas sonoridades, talvez até mesmo com uma segunda marca.

Vida longa à mais uma opção da noite carioca.

---

Um resuminho e a minha primeira contribuição pro Vipado aqui, ó.