quarta-feira, junho 13, 2007

Pride and the city... II

Sem contar a vida baladeira da paulicéia, fizemos muuuuitas coisas na maior cidade do país. Coisas que cariocas adoram fazer quando estão por lá, e nós queríamos aproveitar tudo.

Mas a gente precisava dormir. E comer. E comer em São Paulo é uma das melhores coisas que se há pra fazer.

Fomos desde uma cantina italiana na Pamplona, passando pela padaria perto do hotel, o chinês Jin-Jin, os já tradicionais hambúrgueres com bolinho de arroz do Ritz (onde fizemos a íntima com o garçom carudo e com os simpáticos atendentes), os óoootimos pratos da Lanchonete da Cidade (gente, fiquei bege! Quando vai abrir uma daquela por aqui?! Bombom Deluxe é puro luxo), o doce maravilhoso com chocolate quente no Cristallo da Oscar Freire, a também tradicional visita à Bella Paulista pra comer pizza 4 queijos gostosíssima (dessa vez às duas da manhã, pré-Rosabel, ao invés de pós-The Week), até um Galeto demoraaaado da Rua Augusta.

Ah! Sem esquecer dos muitos frozens, caipisakês de framboesa, kiwi e, claro, de lichiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiia...
Adooooro.

Chocolate com vista da Oscar Freire

Mas mais uma vez não conseguimos ir ao Museu da Língua Portuguesa. Esse é o lado ruim de querer ferver todos os dias...
Valeu por ter feito uma visitinha e algumas compras no Gay Caneca na quinta-feira, pra começar a animação. No caminho, passamos por um minhocão (ou túnel ou mergulhão) com barulho de bomba. E eu ainda disse que se aquele barulho fosse no Rio, já tava todo mundo dando ré... mal sabia que eram os ataques dos punks-que-acham-que-vivem-em-Londres contra o G8!

(Abre parênteses)
E por falar em coisas malucas, os táxis de SP são algo fora da realidade. Pra começar, continuo sem entender pra que servem aqueles pontos de táxi vazios com um número inútil que, da última vez, me fizeram passar uma vergonha uó, né. Minha vontade era de ligar pra todos aqueles telefones e acordar a vizinhança INTEIRA, causando uma revolução nos Jardins.

Definitivamente, ninguém usa radio-taxi. Se você perguntar nos restaurantes se alguém tem um simples número da central, ninguém tem! Os paulistanos acham que você deve ficar ali na rua, ao relento, até alguma boa alma passar e te levar... isso porque eles não moram no Rio, lugar onde não dá pra ficar perdido na madrugada...rs...
E se você for pro meio da rua, nunca passa um táxi! No Rio, existem 3 ou 4 vezes mais táxis do que NY! Tem mais táxi do que carro, que ainda são amarelos, diferentes dos brancos de SP que se você for cego como eu, NUNCA consegue diferenciar!

Pra se ter uma idéia, no primeiro dia, o motorista só parou porque a gente deu um berro "o táaaaaaaaaaaaaxi" no meio da Augusta. E ele ainda riu da gente, dizendo que não sabia se era um grito masculino ou feminino.

E como eu já contei, na saída da Pacha não tinha nenhum carro. Era uma espera de 20 minutos pra cada um. Pra justificar, o carinha que organizava a fila começou a contar uma história de que tinha acontecido um acidente e "sabe como é taxista, ô, meu, é pior do que manicure. São tudo muito fofoqueiro, meu".
Aquilo foi me irritando, me irritando....eu cansado, acabado, sujo, suado, louco e aquele cara não parava de contar da manicure... Resolvi dar uma andada mais pra frente, pegar um sol, respirar e eis que vem um outro carinha-de-táxi que, sem eu querer, me fez furar a fila! Tive que ligar pras bees irem até a esquina correndo pra irmos embora bem rápido antes de levarmos coió.
Bizarro!

Como se não bastasse, Estefanio travou um dialogo riquíssimo com o taxista, já que tava todo mundo curioso pra saber o que significava a sigla Ceagesp:
- Moço, o que significa Ceagesp?
- É a central..central..de..central..
- Sim, de abastecimento. Tipo Ceasa. Mas o que significa?
- Então, Ceasa.
- A sigla, moço. Ceagesp.
- Então...Ceasa, central...central...de..central.
Tive que mandar parar tudo.... Afffffffffff!

E não foi só isso!
Logo na saída da TW sexta-feira, eu estava mega irritado. Acabei irritando o namorado, que irritou os demais, que irritaram o namorado, que gritou dentro do taxi "Vai tomar no cu todo mundo. Odeio gente grossa". E ficou aquele clima.
Claro que o taxista quis acabar com o climão, começando a puxar papo. Perguntou de onde a gente era. Eu, simpático: "Do Rio, por isso que somos barraqueiros e favelados desse jeito". Perguntou quando a gente ia embora. Eu, ainda irritado: "Hoje, daqui a pouco".
E, depois dessa, ainda deu o telefone pra gente chamá-lo, coitado. Ainda o ligamos no domingo e dissemos que já estava tudo bem, mas ele não pôde nos levar pra Congonhas.... Adorei.
(Vale dizer que poucas horas depois o casal tava muito bem, obrigado.
Nada que um bom banho não resolva nessas horas).

Isso sem contar os mil e um caminhos diferentes que já fizemos pra voltar da TW. No Rio, tudo é tão pratico, a cidade é pequena e só tem uma estrada. Nesse interior a gente não esta acostumado com muita opção, não.

Quando eu disser que os táxis por lá são estranhos, acredite. Alguma coisa bem esquisita pode acontecer.
(Fecha parênteses)

E lógico que fomos às compras na Oscar Freire, que não somos bobos nem nada. Ano passado, na última vez que andamos por lá, estava tudo em obra. Esse ano a chuva não tinha deixado eu conhecer a rua nova....só agora pude ver como ficou linda! Mais chique, impossível.

Uma bolsa Dior, please

E ainda aconteceu a maior suspresa de toda a viagem.
Entramos na loja da Adidas – pra mim, a mais bonita de todas com aquele teto preto espelhado – e ficamos carregando os balões prateados em forma de coração por toda a loja.
Achamos um caderninho no qual você pode contar uma história de vida, utilizando o slogan da campanha.
E tá que contamos a história do táxi, da irritação, da Pacha e do grito, because impossible is nothing. Um sucesso!

E eis que na saída, sentamos nos banquinhos da esquina com a Consolação, em frente a Replay, e ligamos pro Ed, que estava próximo. Enquanto esperávamos as bees, vi uma pessoa de barba e boné descendo a rua e falei, em tom de sacanagem: "Olha o Peter ali, entrando na Adidas". Pensei por alguns segundos e disse "e não é que eu acho que é ele mesmo?!"

Esquecemos e ficamos um bom tempo conversando e tirando fotos, até que sai da loja ninguém mais, ninguém menos, que Peter Rauhofer!
Com sacolinha da Adidas na mão que eu aposto que era um boné novo....kkkkk

Chamamos, com direito a um "Hey Peter!" da Aline, Ed conversou, perguntou se ele iria tocar mais tarde, lembrou da Enjoy no Rio.
Peter fez a simpática, apertou a mão, agradeceu e foi embora.
Pra coroar a noite. Luuuuuuuuuuuuuuuuxo!

Dear Peter...

Por fim, não posso esquecer das tão queridas celebrities paulistanas.
Ainda não foi dessa vez que esbarrei com o Amaury Jr. ou a Hebe, mas vimos a superfamosa Mari Alexandre. As bees globais fervidas, Christiane Torloni e a Perlla do funk não contam, pois todos são carioquíssimos.

São Paulo é, sem duvida, a cidade mais completa do país. É incrível a quantidade de coisa pra fazer, temos que tirar férias pra conseguir ver tudo. Ou, quem sabe num futuro não muito distante, morar por um tempo na capital paulistana.
Aliás, acho que isso vai ser inevitável, pelo menos pra alguma bee ameega. Enquanto isso, parece que tendência é que as visitas sejam cada vez mais freqüentes.
Daqui a pouco tem até trem-bala, né?

E agora a gente volta a trabalhar e fica esperando o Reveillon chegar.
Ano de beesha é bem menor do que de HTs: só começa depois da Parada de SP.

Ai, os posts ficaram enooormes. Será que alguém vai ler?
Enfim, voltemos à programação normal.

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3, 5 milhões na Paulista no domingo.
E eu estava lá, apesar de ter se tornado um grande Carnaval, pra contar como mais um e virar um número significativo pra esse país em que as pessoas não têm respeito pelo próximo, são intolerantes e hipócritas, na esperança de mudar alguma coisa, pelo menos um pouquinho.

Mas, no dia seguinte, a gente lê esse tipo de noticia. A realidade é muito mais cruel do que a gente pensa.

4 comentários:

Anónimo disse...

Esperar pelo Reveillon? Q nada! Tem em setembro e outubro: Aniver da TW e Aniver da Babylon!!! Depois sim, Reveillon!!!.

Estefanio disse...

Ai eu AMEI esses dias! Essa vida cosmopolita de SP eh a nossa cara neam?
Mas ja correm rumores por ai q em set tem Peter vs Offer na deuique no niver! será?

Thiago Lasco disse...

Gui, adorei seu diário! tá muito leve, muito fofo, e os auto-gongos de carioca estão o máximo. isso é uma virtude do carioca que o paulista não tem: saber rir de si mesmo.

observações:

1) CEAGESP = Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo;

2) eu tb adoro a Lanchonete da Cidade! tanto q tá lá indicada na parte 2 do meu guia pras bees de fora, vc viu? mas o melhor de lá são os milk shakes, incríveis...

3) dei muita risada com a parte dos túneis, 'se fosse no Rio a gente dava ré', pq sei que é bem assim mesmo. especialmente pra quem mora pra lá de São Conrado!

4) e o taxista q não sabia se o grito era de bofe ou amapô? risos...

5) "do Rio, por isso que somos barraqueiros e favelados desse jeito..." ADORO!

6) parabéns pela coragem de ir abordar a Rauhofer. eu teria morrido de medo, achando que ela ia me gongar ou, pior, me congelar com um olhar fulminante de medusa. admiro a cara-de-pau de vcs!

7) imagino o fervo que não foi Congonhas. aliás, o Santos Dumont já tá pronto? ficou um arraso?

8) vcs são os primeiros cariocas que eu conheço que furam fila contra a vontade. todos os outros furam com orgulho, porque acham que pegar fila é coisa de trouxa - ou de paulista.

9) superfofo vcs terem ficado amigos da tal D. Helena. isso só me deu mais vontade de, um dia, transpor o virtual e conhecer vcs, de verdade.

beijos!

Anónimo disse...

1) Amei a Pacha, a pista giratória e o banheirom onde nos amamos muuiiitooo!
2) X é tudooo, no Rio ou em SP !
3) Peter é uma bixa velha sem dentes q nunca ri pra ningém, faz carão pra todo mundo e que, fora isso, foi o melhor DJ de todos e será sempre um Deus entre os demais!!Toca pra C-A-R-A-L-E-O-O-O-O-O-O!!! Adoro o trabalho dele.
4) Ameiii livrinhu da Adidas e recadinhu pra Blenda design.
5) Quem quiser, qdo eu for a TW apresento a Dna Helena, minha fã! Adoro Dna Helena no banheiro.
6) Em julho vc já sabe pra onde vamos viajar, néé?!?!...gatah!!!