Blogs, babados e outros auês *

Essa confusão toda de Papel Pobre, Pop e Dri Spaca parece ter tomado conta do mundo top-blogueiro nesses últimos dias.
Muita gente já crucificou a Dri, outras a Rosana Hermann (blogzinho que me dá um soooono, por sinal) e outras o próprio pessoal do Pobre.

No final, virou guerra blogs novos x blogs velhos. Eu, graças!, visito os dois mundos e leio tudo o que gosto, mas parece que o pessoal old school criou grupinhos de amizade e não abre o horizonte por nada - acho essas panelinhas um sa-co.
(Sou tão antigo aqui que lia a Dri desde a época do Delícias Cremosas e o Papel Pop desde o Philipinas...aff!).

Pra quem diz que a culpa pelo fim do Pobre foi da Dri, garanto que essa percepção é ligeiramente equivocada: no início do blog, as duas Katys (que naquela época não tinham esse nome, óbvio - Sônia Abrahao e Angela Bismarck já fizeram parte desse imaginário) contavam com as próprias fotos no perfil da página, bem como divulgavam sua identidade pra quem eles achassem válido - até eu lembrava de um deles daquela época de ouro do fotolog.

Ou seja, eles nunca procuraram anonimato. Com o sucesso do blog - e a possibilidade de tomarem processos e cusparadas na rua - tiveram a decisão de esconder a própria identidade criando um personagem - atitude super válida e muito divertida.
Só não entendo como eles poderiam achar que ninguém sabia de nada. Extrema ingenuidade... será?

No mundo da internet, diga-se, é impossível se esconder pra sempre, por mais contraditório que pareça. Como disse a própria Rosana, todo mundo sabe quem são Tutty Vasquez ou MrManson. Algumas das Micheles eu sei quem são só juntando peças do quebra-cabeça. E até a Lindinalva, que nasceu oculta, já teve a identidade da patroa revelada ao pé-do-ouvido de muita gente (aliás, ela mesma se apresenta na hora da faxina - mas só pras íntimas, tsá?).

O que rolou, no fundo, foi uma mágoa de miguxa guardada e profunda.
E não existe nada pior do que mágoa de miguxa guardada, gente!

A Dri é da turma do Pop que, sei lá porque, achava o Pobre uma cópia. Na verdade, começou como uma sátira do blog original - mas nem todo mundo entende essa sutil diferença. Na época do Philipinas, aliás, o humor do Phelipe era bem mais ácido e criativo e o público era mais selecionado e inteligente - quem se lembra do auge do "Meu nome é Regina" sabe do que eu estou falando.
Hoje, ele é um profissional que escreve - e edita - a maior revista teen de um dos maiores grupos de comunicação do Brasil e, claro, tem outras atribuições e responsabilidades que transformaram a cara do blog (e não estou fazendo qualquer crítica, muito pelo contrário, fico feliz por ter acompanhado toda a evolução de uma simples página da web de um moleque carioca).
Na concepção da Dri, fazer a madita e revelar o suposto segredo era uma espécie de "troco" à cópia e à covardia em não mostrar a cara...

Aí que, na minha humilde opinião, o pessoal do Pobre amarelou.
Não tinha troco, covardia ou anonimato. Não havia sequer segredo! A coitada da Rosana só perguntou a identidade porque não acompanhou o blog desde o início.
Na boa, eles deveriam ter ca-ga-do pra revelação - desmentido, negado, sei lá... faz parte do jogo - e continuado leeeeendas com Katylene Beezmarck.

Uma coisa é alguém que começa um blog totalmente nas sombras ter sua identidade descoberta, sabe-se lá como. Outra é você ter completa consciência de que muita gente sabe do seu "segredo" e que isso pode vir à tona a qualquer momento, ainda mais quando o sucesso se torna incontrolável.
Não houve surpresas. No fundo, no fundo, não sustentaram.

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Dando uma olhada no orkut da Katy, é divertido ver os comentários.
Gente de todos os tipos, idades, profissões, lugares, culturas, orientações sexuais pedindo pro menino voltar a escrever... Realmente um vício - só eu entrava 3 vezes por dia.
Uma pena o falecimento prematuro de um blog divertidíssimo que em tão pouco tempo lançou tendências, gírias, moda e comentários de muita gente inteligente. Me lembrou as LBFV do início.

E por sinal, não tem jeito melhor de medir a qualidade de um blog do que ver o nivel dos leitores - e os comentários de lá eram incríveis. Coisa que o Kibeloco tenta e não consegue de jeito nenhum sem apelação da ignorância da massa que o lê.
Espero que voltem.

* Devidamente inspirado no R. Villardo.