Vermelhos intensos e chocolates picantes

Como tenho cabelos de Iracena (negros como a asa da graúna), qualquer pontinho no picumã que não seja dessa cor aparece a léguas de distancia.

No inicio, achava graça quando aparecia um fio branco a cada dois meses. Mas a graça logo passava e de nada adiantava me dizerem que “quanto mais se arranca, mais aparece” porque a atitude mais rápida era pinçá-lo do meio da cabeleira.

Agora parece que não dá pra fugir. Bem no cocuruto (adoro essa palavra) da cabeça andam aparecendo uns fios insistentes.

Veja bem... não que eu esteja ficando velho, pois acabei de sair da adolescência (ta boua?) mas é que essa vida estressante de cidade grande nos traz estes presentes.
E mesmo que eu queira, a genética não falha: toda a família da minha mãe teve fios brancos desde muito cedo – minhas tias já fizeram todo o tipo de tintura possível, os tios caçulas ficaram grisalhos antes mesmo dos 30 e os mais velhos ganharam a cabeça branquinha antes dos 50!

Ainda não é o caso de comprar Grecin 2000, eu sei. Mas cabelo de homem é igual a celulite em bunda de mulher: ou você combate logo no início ou assume, se cuida, e convive com isso o resto da vida.

Até porque, convenhamos, não há nada pior do que aparecer no trabalho, de um dia pro outro, de Acaju Silvio Santos, né?