quarta-feira, dezembro 31, 2008

United Kingdom of Ipanema

Dia 30 de dezembro sempre foi uma tradicional data no calendário do Ano Novo gay do Rio. Como no último dia do ano pouca gente trabalha pra valer, quem não conseguiu viajar antes acaba chegando na antevéspera.

Daí que se existe um dia pra ver e ser visto, fazer pegação, arrumar um marido rico (e gringo), fazer compras na Foch, tomar um café no Cafeína ou apenas dar um close, é esse. A Farme está tipo Carnaval, só falta fechar a rua.

Diante disso, ontem ficou provando que, definitivamente, o novo ponto é o Coqueirão. Como disse O Globo no alto de seu preconceito, pra onde os "gays discretos" estão indo. Na verdade, é pra onde os cariocas e os não-cariocas-iniciados estão indo - porque bicha sempre dá pinta, por menos pintosa que seja.

Mas não achem que a Farme foi abandonada: os gringos e o povo guerreiro continuam lá, firmes e fortes. A praia é bem divertida, mas sem dúvida é farofenta - vira e mexe tem alguém com radinho de pilha ou roda de samba -, além de ser absolutamente "carne-de-açougue" de tanta pegação.
Então, pra quem já estava cansado desse esquema ou quer apenas encontrar os (muitos) amigos, surgiu uma nova opção. Vale dizer que a coisa já está tão oficializada que os flyers da TW já estão sendo entregues por aquelas areias... E como eu li, resta saber quando os HTs vão embora, né?

Já à noite foi dia da estréia da Maxima. A festa estava sendo bastante comentada pelo povo tanto por ter escolhido a Estação Leopoldina para sua locação quanto porque havia muitas promessas de grandes atrações.
Porém, essa animação acabou sofrendo um belo baque diante da mudança de local, já que as bees cariocas não tinham uma boa lembrança do Scala, onde rolou a primeira Alegria in Rio, além do fato da TW ter cancelado sua festa que lá seria realizada.

Mesmo assim, a última festa de 2008 surpreendeu. A casa estava cheia, o ar-condicionado funcionou e as filas não eram problemáticas - tudo do jeito que deve ser. As performances dos gogos no palco deram um ótimo tom pro evento. Só não gostei muito do Phil Romano, o tal DJ-ator pornô, mas a festa terminou superando as expectativas... Agora, é investir pesado pra se tornar uma grande label carioca.

2 comentários:

Daniel Cassus disse...

Acho que a festa só não foi um desastre exatamente porque não encheu. Foi uma "Média". Se tivesse dado o mesmo público da Alegria, seria babado e confusão de novo.

O DJ é esforçadinho, né? Pelo menos no after deu pra ver ele mais de perto. :P

Anónimo disse...

Achei a vibe da MAXIMA a melhor de todas as 9 festas que fui mais afters. Apesar das promessaso nao cumpridas de um grande espetaculo. O letreiro acendeu poucas vezes, deveriam ter acendido mais, o dj ficou meio que num vazio naquele palco sem nada e os gogos/dancarinos ok, mas nada demais. Em termos de produção a TW reveillon foi a mais bonita.
O som alegre do Marcus Vinicius ( que eu nunca gostei antes) e o povo animado da MAXIMA depois das 5h da manha foi o melhor momento do final de 2008.