terça-feira, abril 14, 2009

Os bons filhos à casa tornam

Havia mais de um ano que eu não pisava em uma BITCH. Da última vez, a falta de estrutura me fez prometer que só voltaria quando a festa evoluísse, afinal, já não vivemos mais em época de amadores com pessoas esmagadas nas grades, cerveja quente, falta de água nos bares ou banheiros imundos.

(Só para explicar melhor: o mesmo sentimento eu tenho pelo Cine Ideal, local em que já fervi muitas e muitas vezes, mas que hoje tem uma assustadora programação bagaceira e os mesmos defeitos de quando a noite ainda era mambembe).

O inédito line up, com um top DJ internacional, e a volta à melhor locação que a festa já teve despertaram a vontade de ver de que maneira a label atualmente recebe o seu público, um dos mais fiéis da cidade. E isso me motivou a rumar para o parque de diversões às 3 da manhã.

Encontrei uma festa muito mais redonda do que deixei. Com exceção dos banheiros, onde tive impressão de que a qualquer momento levaria um tombo e deixaria a minha camisa super branca trabalhada na lama, a entrada foi organizada e os caixas e bares funcionavam muito bem (não à toa via-se uma pessoa bem íntima do staff da R:evolution controlando tudo com mão-de-ferro).

O som deu uma melhorada significativa graças à presença de Tony Moran: muitas produções do DJ e muito vocal no set, mas que infelizmente foi bem curto e acabou às 4:30. Depois, Marcus Vinicius assumiu as picapes. E aí desandou... O chato é saber que Marcus Vinicius é um ótimo DJ, mas que parecia perdido e não conseguiu fazer com que o som funcionasse - veja bem, não estou cobrando The Flame no final da festa. Longe de mim... Mas com se tratava de BITCH, não poderia esperar muito nesse quesito, já que a qualidade do som nunca foi o seu forte.

A decoração, que sempre foi o ponto alto, não existiu tão bela quanto em outras edições (compreensível, já que o "cd de remixes da Rihanna" não é um tema que possibilite muitos trabalhos) mas o imponente painel de leds na cabine, a iluminação da pista e as luzes na "cidade" do Terra Encantada deixaram a festa com um bonito visual.

O público, por sua vez, era o que chamamos de democrático. Das pintosas do bate-cabelo às barbies mais fervidas do circuito Rio-SP, todos estavam lá. Aliás, onde mais você poderia encontrar uma trava com uma roupa em que uma perna era calça comprida e a outra era short? Ou uma bee de cabelo rosa combinando com o shortinho? Momentos únicos.

E ainda teve algumas atrações liberadas (as que ainda possuem manutenção, quero acreditar). Não me arrisquei - não tenho mais idade para tais aventuras - mas amigos contaram grandes experiências no auto-pista e no barco Viking.

A festa terminou às 7 da manhã mas ficou a sensação de que faltava alguma coisa. E daí pro after foi um pulo. O fervo aconteceu num clubinho no final da Barra, o Capital Club, produzido pelas festas After Beach e Fam.us. As filas e a confusão na entrada atrapalharam um pouco (fica a pergunta: por que as bichas são tão mal educadas e adoram um empurra-empurra, mesmo sabendo que todo mundo vai entrar na festa?) mas nada que conseguisse tirar o brilho da jogação, já que o lugar é perfeito pra um after: ar-condicionado potente, bares funcionando, iluminação certa, ótimo som e um mezanino mais do que necessário. Os DJs ajudaram - e muito - no clima do lugar que, segundo um amigo, mais parecia o clipe de I'm a slave 4 u (lembre-se do video, se é que você me entende). Aliás, já ouvi a opinião que em termos de vibe, o after deu de dez na festa. E acabei concordando...

No final das contas, a festa provou que mesmo após 15 anos de existência, tem muito fôlego pra seguir em frente. Em meio a uma concorrência cada vez mais profissional, alguns ajustes são necessários, mas sem dúvida trata-se do maior evento gay da cidade. Diante de tanto sucesso, fica apenas a opinião de que a BITCH poderia se dar ao luxo de sair da fórmula arroz-com-feijão que a consagrou e arriscar novos formatos, novas programações e novas sonoridades, talvez até mesmo com uma segunda marca.

Vida longa à mais uma opção da noite carioca.

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Um resuminho e a minha primeira contribuição pro Vipado aqui, ó.

7 comentários:

Gustavo disse...

Ai que tudo!!!
Eu falo que preciso fazer uma jogação no Rio qualquer dia desses.

Quem sabe tá chegando.

Como sempre post com gostinho de matéria das mais completas!
Vou começar o movimento 'Gui na Vogue Já" rsrs

Aproveitei o link do Vipado e já esta nos favoritos do PC do trabalho.

Que venham mais e claro, mais contribuições no Vipado!

bjundá!

Anónimo disse...

Sei que o tópico é a Bitch, mas quem vai ser o primeiro da blogoesfera que vai comentar sobre a saída do Robix da TW e a entrada do Gustavo Jr, ex LB???? Ou ainda ninguém sabe?? Ou todos estão fazendo a 'boca miúda' para não ofender o baixinho???

Daniel Cassus disse...

Gustavo Jr saiu da LB? Domingo passado ele tava lá tocando normalmente.

Anónimo disse...

Se vc reparar na programação da TW, ele já esta escalado para o dia 25. Já o Robix.......O flyer da TW esta no orkut do Jeff.

Daniel Cassus disse...

Então só esqueceram de avisar ao Robix, porque as agendas dele no orkut e no site dele têm TW até o fim de abril.

Gui disse...

Eu ainda espero o anúncio oficial...rs

Daniel Cassus disse...

Do que eu averiguei, Gustavo Jr começa mesmo na TWRJ dia 25, mas Robix não saiu não.