The Week é The Week
Os motivos que me levaram à São Paulo, como todo mundo sabe, foram as festividades do aniversário de 5 anos da The Week São Paulo. O maior, melhor e mais absurdo club do Brasil mostra que tem fôlego para muitos anos e muitas novidades que estão por vir. Quer um exemplo? Segundo o constante disse-me-disse, uma nova área, às margens do Tietê, abrigará o complexo TW muito em breve.
Diferentemente dos anos anteriores, quando o final de setembro era a data utilizada, nesse ano o feriadão de 7 de setembro foi escolhido para as duas festas que movimentaram o circuito gay. E se no ano passado os Angels foram as estrelas, esse ano Peter Rauhofer e Juanjo Martin foram os escolhidos pra comemorar.
No sábado, o top carudo fez mais um daqueles sets a que estamos acostumados: longos, constantes e absurdos, misturando hits antigos e novos sem qualquer preocupação. Pra quem o viu na Parada, Peter deixou um pouco a desejar, mas tenho certeza que He wasn't man enough for me foi tocada especialmente pra mim. A festa acabou às 10 da manhã ainda com a pista cheia. Já Juanjo fez o iberican house que cada vez gostamos mais: alegre, sensual, divertido. A pista vibrava e o dj parecia pinto no lixo de tão feliz com a reação da galera. Uma verdadeira maratona, como sugeriu o nome da festa, que começou às 17h do domingo e só foi terminar às 8 da manhã de segunda-feira.
O destaque fica pra casa, claro: leds, leds, leds e mais leds. Uma pista tão linda como há muito tempo eu não via. Além disso, dancers carudos no sábado e um tema circense no domingo, com incríveis malabares acesos nas performances no queijo. E o que mais chamava atenção: uma parede de canhões de luz no fundo do palco, capaz de deixar a pista do jeito que fosse preciso: clara, escura, azul, vermelha ou colorida. Com isso, a picape acabou sendo "empurrada" pra frente - e eu, que adoro ficar pertinho do palco, acabei grudado nos caras. Fiquei tão boquiaberto que fui à area vip apenas pra ter idéia de como aquela iluminação toda funcionava. Não que eu tenha entendido, claro, mas a parede de canhões impressionava e a mesa dos operadores de luz no fundo da pista deu uma noção do bafo todo.
Mais uma vez, a The Week mostra como um bela e inesquecível noite é feita.
Como nem só de Guaicurus vive a noite paulistana, na sexta aproveitei pra conferir a Bubu. O esquema é o mesmo: casa cheia e muita gente animada. Mas fui salvo pelo camarote da Léia Bastos, de onde se via o tamanho da animação da galera.
Já na segunda, fechei com chave-de-ouro: a terceira edição da Café com Vodka aconteceu no Sonique, o bar-pistinha mais bacana de Sampa. Apesar das várias tentativas anteriores, só agora fui conhecer o lugar. É ótimo. Uma infra incrível, um clima delicioso, um bar perfeito e um dos melhores públicos que já vi na vida. Como disse um amigo "aqui eu arrumo um marido". É mais ou menos isso: a festa fica pequena pra tanta gente bonita. O 00 carioca é o que mais lembra essa noite paulistana, com as vantagens de ter uma área aberta, um restaurante e começar/terminar mais tarde, enquanto a matinê do Sonique tem a vantagem de um público mais velho e uma música mais diferente e menos tribal.
A The Week se transformou na melhor referência de noite que já tivemos. Não à toa, faz parte, junto com o Rio, da votação que vai escolher os melhores luagres gays do mundo. Vida longa ao club!
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sexta-feira, setembro 11, 2009
terça-feira, julho 14, 2009
Praça do CEI, NYC, USA
Acharam que eu não iria falar do bafo da semana e um dos maiores da semana noturna gay da história?! Não, né?
Dessa vez, não ficou só na birra e no disse-me-disse, todo mundo acompanhou ao vivo pelo Facebook. E ainda sobrou tempo pra pitacos, brincadeiras e manifestações de amor e ódio, claro.
Que o ego deles é gigante, todo mundo sabe. Primeiro que além do eterno bico enoooorme, não é a primeira vez que Peter briga com outro DJ ou com outra personalidade da noite. Depois que segundo me afirmaram há pouquíssimo tempo, Offer é cheio de estrelismos e exigências técnicas desnecessárias... Se o embate das pistas dos 90 foi Junior vs Peter - e entre seus fãs, que rivalizavam até a morte - disputando o título de Rei da cena, agora o bafo gira em torno do talento (ou a falta dele) de Offer Nissim, em uma situação tipicamente chamada de "mágoa de muguxa".
Quem está certo? Não sei. Os dois são ótimo, cada um no seu estilo e vão continuar ganhando horrorez, viajando o mundo e morando em NYC. Quem perde é a gente sem a possibilidade de vermos a dupla atuando junta novamente. Aliás, só Deus sabe o que acontecerá com a data já bookada no Circuit Festival em Barcelona
No fim, só consigo imagianr a cena de Peter com a mãozinha na cintura dizendo pro Offer: "Eu não mandei, eu não permiti, eu não autorizei".
Vai passar mal!
Acharam que eu não iria falar do bafo da semana e um dos maiores da semana noturna gay da história?! Não, né?
Dessa vez, não ficou só na birra e no disse-me-disse, todo mundo acompanhou ao vivo pelo Facebook. E ainda sobrou tempo pra pitacos, brincadeiras e manifestações de amor e ódio, claro.
Que o ego deles é gigante, todo mundo sabe. Primeiro que além do eterno bico enoooorme, não é a primeira vez que Peter briga com outro DJ ou com outra personalidade da noite. Depois que segundo me afirmaram há pouquíssimo tempo, Offer é cheio de estrelismos e exigências técnicas desnecessárias... Se o embate das pistas dos 90 foi Junior vs Peter - e entre seus fãs, que rivalizavam até a morte - disputando o título de Rei da cena, agora o bafo gira em torno do talento (ou a falta dele) de Offer Nissim, em uma situação tipicamente chamada de "mágoa de muguxa".
Quem está certo? Não sei. Os dois são ótimo, cada um no seu estilo e vão continuar ganhando horrorez, viajando o mundo e morando em NYC. Quem perde é a gente sem a possibilidade de vermos a dupla atuando junta novamente. Aliás, só Deus sabe o que acontecerá com a data já bookada no Circuit Festival em Barcelona
No fim, só consigo imagianr a cena de Peter com a mãozinha na cintura dizendo pro Offer: "Eu não mandei, eu não permiti, eu não autorizei".
Vai passar mal!
quinta-feira, julho 02, 2009
Brazilian Day
Pelos comentários e vídeos que vi até agora, parece que a Pride em NYC foi sensacional. Peter e sua Work levaram 5 mil bees ao Roseland e se tornaram uma das festas mais bombadas do ano. Se a opinião geral é que a noite nova iorquina anda em baixa, a Parada vem mostrar que a cidade ainda é destino certo nessa época do ano.
O mais interessante é ver como nos tormamos referência em noite gay. Definitivamente, Sidney e Buenos Aires já eram. Além do famoso gingado dos gogos, a decoração babadeira era da Perverts e o querido e talentoso Rodrigo Sucesso arrasou por lá.
Com direito a imagens do Cristo no telão, tá?
O video incrível ali no canto.
Pelos comentários e vídeos que vi até agora, parece que a Pride em NYC foi sensacional. Peter e sua Work levaram 5 mil bees ao Roseland e se tornaram uma das festas mais bombadas do ano. Se a opinião geral é que a noite nova iorquina anda em baixa, a Parada vem mostrar que a cidade ainda é destino certo nessa época do ano.
O mais interessante é ver como nos tormamos referência em noite gay. Definitivamente, Sidney e Buenos Aires já eram. Além do famoso gingado dos gogos, a decoração babadeira era da Perverts e o querido e talentoso Rodrigo Sucesso arrasou por lá.
Com direito a imagens do Cristo no telão, tá?
O video incrível ali no canto.
sábado, junho 27, 2009
40 Graus
Esse é o finde da Pride em NYC. Hoje, Offer, Peter, Paulo e Oscar G. tocam juntos (e o querido VJ Rodrigo Sucesso faz as imagens da festança... adoro!) e amanhã tem Alegria com Abel e Tony Moran. Apenas dois findes após a Parada, São Paulo recebe Pablo Ceballos na Freedom, Ralph Rosario no aniversário da Flex e Stephan Grondin na The Week. Em Toronto, que também tem seu fim-de-semana do orgulho, Hector Fonseca e Ana Paula. Paris, Dublin e Berlim também tem suas Prides soltíssimas, com programação pra lá de intensa.
E o Rio? Bom... nem o sol apareceu.
E pra me matar de inveja, ele manda noticias live do Arraiá da 2Meninos:
- Saudades de vocês! Vai se jogar ou ficar no rasinho?
- No rasinho em SP. Tô no Arraiá da 2Meninos.
- Ah! Vontade de estar em Sampa... Manda beijo pra todo mundo!
- Olha só o que tem aqui. Vou mandar foto.
< / foto >
- Gente! Jujuba, bananada e pipoca.
- Isso! Jujuba, bananada e pipoca.
- Tô correndo pro SDU. Ainda dá tempo de pegar a festinha?
- Sempre dá.
- Me busca em Congonhas!
- Tô indo!
- Ainda tem Ceballos, Ralph e Grondin... Aqui tem (___).
- Cada cidade tem o que merece.
- Pior que é verdade. Enfim... mande beijos para todos, em especial pros Meninos.
- Mando.
- Divirtam-se por mim. Beijos.
- Beijos.
Esse é o finde da Pride em NYC. Hoje, Offer, Peter, Paulo e Oscar G. tocam juntos (e o querido VJ Rodrigo Sucesso faz as imagens da festança... adoro!) e amanhã tem Alegria com Abel e Tony Moran. Apenas dois findes após a Parada, São Paulo recebe Pablo Ceballos na Freedom, Ralph Rosario no aniversário da Flex e Stephan Grondin na The Week. Em Toronto, que também tem seu fim-de-semana do orgulho, Hector Fonseca e Ana Paula. Paris, Dublin e Berlim também tem suas Prides soltíssimas, com programação pra lá de intensa.
E o Rio? Bom... nem o sol apareceu.
E pra me matar de inveja, ele manda noticias live do Arraiá da 2Meninos:
- Saudades de vocês! Vai se jogar ou ficar no rasinho?
- No rasinho em SP. Tô no Arraiá da 2Meninos.
- Ah! Vontade de estar em Sampa... Manda beijo pra todo mundo!
- Olha só o que tem aqui. Vou mandar foto.
< / foto >
- Gente! Jujuba, bananada e pipoca.
- Isso! Jujuba, bananada e pipoca.
- Tô correndo pro SDU. Ainda dá tempo de pegar a festinha?
- Sempre dá.
- Me busca em Congonhas!
- Tô indo!
- Ainda tem Ceballos, Ralph e Grondin... Aqui tem (___).
- Cada cidade tem o que merece.
- Pior que é verdade. Enfim... mande beijos para todos, em especial pros Meninos.
- Mando.
- Divirtam-se por mim. Beijos.
- Beijos.
quinta-feira, junho 25, 2009
Boox Boox Pow
Ontem foi dia de conhecer um hype diferente.
Lá fui eu me jogar na Boox, um restaurante/clubinho fino e HT de Ipanema, em frente à Praça da Paz. Pra quem não se lembra, o lugar já tinha mudado de nome umas 50 mil vezes - e eu conheci ainda na época em que se chamava One Two Pederneiras. De lá pra cá, pouca coisa mudou: restaurante em baixo, pistinha em cima e a nata da sociedade carioca gastando horrores como se paulistana fosse.
Há algumas semanas uma festa mais mix tomou a noite no já conhecido esquema - e um pouco batido, diga-se - de DJs-celebridades-e-personalidades-da-noite como convidados, como Lacraia e a hostess Clarisse Miranda. Ontem, foi a vez de ninguém mais, ninguém menos que a onipresente Preta Gil.
Gostei do que vi: a noite é bem animada, o bar é ótimo (e caro) e tudo funciona. E melhor dos melhores: o público é lindíssimo. Globais e bees pseudo-finas marcam presença junto aos HTs mais belos e bem nascidos dessa cidade. Ah, e se não tem pegação, com sorte e atitude você sai de lá com alguns números novos na agenda do celular...
Se continuar esse burburinho, tem grandes chances de se tornar uma ótima opção da semana. Pena que é na quarta... acho que ainda falta algo bapho às quintas como era a Kza, da Polly, no 00, quando o povo já estava em ritmo de fim-de-semana. Mas é sempre bom saber que existem boas novidades por aqui.
Ontem foi dia de conhecer um hype diferente.
Lá fui eu me jogar na Boox, um restaurante/clubinho fino e HT de Ipanema, em frente à Praça da Paz. Pra quem não se lembra, o lugar já tinha mudado de nome umas 50 mil vezes - e eu conheci ainda na época em que se chamava One Two Pederneiras. De lá pra cá, pouca coisa mudou: restaurante em baixo, pistinha em cima e a nata da sociedade carioca gastando horrores como se paulistana fosse.
Há algumas semanas uma festa mais mix tomou a noite no já conhecido esquema - e um pouco batido, diga-se - de DJs-celebridades-e-personalidades-da-noite como convidados, como Lacraia e a hostess Clarisse Miranda. Ontem, foi a vez de ninguém mais, ninguém menos que a onipresente Preta Gil.
Gostei do que vi: a noite é bem animada, o bar é ótimo (e caro) e tudo funciona. E melhor dos melhores: o público é lindíssimo. Globais e bees pseudo-finas marcam presença junto aos HTs mais belos e bem nascidos dessa cidade. Ah, e se não tem pegação, com sorte e atitude você sai de lá com alguns números novos na agenda do celular...
Se continuar esse burburinho, tem grandes chances de se tornar uma ótima opção da semana. Pena que é na quarta... acho que ainda falta algo bapho às quintas como era a Kza, da Polly, no 00, quando o povo já estava em ritmo de fim-de-semana. Mas é sempre bom saber que existem boas novidades por aqui.
quinta-feira, junho 18, 2009
Ouviram do Ipiranga
Às vésperas do feriadão, o blog se movimentou em torno daquela(s) que seria(m) a(s) música(s) da Parada 2009. Todo mundo acertou os palpites, já que a gente sabia que hits como Brand New Day ou Hook Up iriam tocar e sacudir a pista.
Eu, fã incondicional, acabo inconscientemente prestando atenção redobrada no setlist do Peter - não dá pra não ouvir produções como I'm That Chick, da Mariah, Peace, do Depeche Mode, ou a antiguinha He Wasn't Man Enough For Me, da Toni Braxton, que o DJ já havia tocado com maestria no Carnaval do Rio.
Como previsto, a mais ouvida do primeiro ao último dia foi, sem dúvida, Poker Face. Todo mundo tocou e o próprio Peter a consagrou no início de seu set. Já Chris Cox espertamente soltava apenas o "oh oh oh oh" entre os hits bafônicos, levando a galera a cantar alto e junto no encerramento da GiraSol de domingo.
Mas aquela que foi o grande hino veio da mais pura house com um remix incrível do DJ Morais: When Love Takes Over, do David Guetta feat. Kelly Rowland. Não foi à toa que Pacheco, o top DJ do Brasil, lançou o hino em todas as suas apresentações, sempre com uma sabedoria impressionante.
Se alguém quiser uma pequena mostra de tudo o que se ouviu na melhor festa da Parada, aqui tem um video absurdo da Lindinalva diretamentre da área de serviço do Clube Tietê. Babado e confusão. Aliás, a empregadinha deu trabalho no sábado: quando estava no palco, tive que brigar com essa ruiva louca todas as vezes que ela passava com o seu rodinho na frente do Peter...
Às vésperas do feriadão, o blog se movimentou em torno daquela(s) que seria(m) a(s) música(s) da Parada 2009. Todo mundo acertou os palpites, já que a gente sabia que hits como Brand New Day ou Hook Up iriam tocar e sacudir a pista.
Eu, fã incondicional, acabo inconscientemente prestando atenção redobrada no setlist do Peter - não dá pra não ouvir produções como I'm That Chick, da Mariah, Peace, do Depeche Mode, ou a antiguinha He Wasn't Man Enough For Me, da Toni Braxton, que o DJ já havia tocado com maestria no Carnaval do Rio.
Como previsto, a mais ouvida do primeiro ao último dia foi, sem dúvida, Poker Face. Todo mundo tocou e o próprio Peter a consagrou no início de seu set. Já Chris Cox espertamente soltava apenas o "oh oh oh oh" entre os hits bafônicos, levando a galera a cantar alto e junto no encerramento da GiraSol de domingo.
Mas aquela que foi o grande hino veio da mais pura house com um remix incrível do DJ Morais: When Love Takes Over, do David Guetta feat. Kelly Rowland. Não foi à toa que Pacheco, o top DJ do Brasil, lançou o hino em todas as suas apresentações, sempre com uma sabedoria impressionante.
Se alguém quiser uma pequena mostra de tudo o que se ouviu na melhor festa da Parada, aqui tem um video absurdo da Lindinalva diretamentre da área de serviço do Clube Tietê. Babado e confusão. Aliás, a empregadinha deu trabalho no sábado: quando estava no palco, tive que brigar com essa ruiva louca todas as vezes que ela passava com o seu rodinho na frente do Peter...
quarta-feira, junho 17, 2009
Pronto, passou
Agora só ano que vem... e daí a gente pergunta: vale tanta ansiedade, tanto dinheiro gasto, tantas noites mal (ou nada) dormidas, tanta alimentação ruim? Sim, vale. E muito.
Sem dúvida, essa foi a principal temporada de 2009. Tantas festas, tantas pessoas, tanta animação... a Parada de São Paulo move um mundo inteiro pra celebrar o orgulho e a vontade de ser o que você quiser.
Pra acompanhar tudo isso, a programação é cada vez mais intensa, com clubes e eventos cada vez mais profissionais e impressionantes. A disposição e a vontade foram muitas. Consegui conferir todas as festas que quis e curtir cada momento com cada pessoa que surgiu na minha vida. Mesmo sem alguns amigos por perto, muitas outras grandes e queridas figuras fizeram esse feriado de Corpus Christ ser tão completo.
Sem dúvida, as histórias são muitas, as memórias serão eternas e as boas lembranças serão impagáveis. Mas vamos ao que interessa em um resumão do que vi no Pride 2009:
Quarta-feira
Comecei o Pride calmo. Aproveitei o bom horário que cheguei na cidade e a chuva que caiu durante toda a tarde para conhecer a filial da Fórmula Academia na Rua da Consolação, antiga Master 24h, onde eu posso malhar. O espaço é ótimo e me lembrou a filial da BodyTech de Copa (sem a piscina). No caminho, bateu uma fome. E veio a indignação: São Paulo não tem casa de sucos. Tive que ir até a Paulista achar uma - e olha que a Consolação tem mais de uma academia, hein - mas que nem abacaxi tinha pra colocar no meu peito de peru com minas... Ficará rico quem criar uma rede limpa, bonita e completa de naturais na cidade.
O esquenta da Parada ficou por conta da ilustre presença de Libanesa diretamente de Dubai na Maison Lorena. Apenas por poucas horas, matando as saudades de casa, da família e dos amigos. Depois, o destino foi a primeira noite de The Week International, na festa de abertura. Quem estava acostumado com a casa não tão cheia no primeiro dia dos anos anteriores se surpreendeu com a pista lotada. Juanjo Martin fez um ótimo set e Vlad tocou versões incríveis de t-o-d-a-s as músicas que àquela altura ainda fariam a Pride ser o que foi.
Quinta-feira
Depois de uma tarde tranquila e um ótimo almoço em Moema, a quinta foi dia de uma enorme função, já que duas festas incríveis chamavam a atenção do público. A grande missão era aproveitar as duas intensamente. Antes, parada estratégica no L´Open, que bombava, para dar aquele close e fazer uma das únicas refeições da semana.
E lá fomos nós: V.I.P no Terraço Daslu foi o primeiro destino. Sem dúvida, a festa gay mais bonita que eu fui em toda a minha vida. Se já não bastasse a imponente arquitetura do local, a decoração era absurda: candelabros, velas, arranjos, mobílias... Sem contar a área vip - com direito a hostess Anna Pavinatto Wintour - de onde nem dava vontade de sair. Tudo muito fino e rico. Como era esperado, a festa foi a mais pura tradução da palavra carão - muita gente bonita, bem vestida e comportada. Mas aos poucos o povo foi se soltando, a festa foi tomando forma e ganhando ainda mais brilho. Destaque para os banheiros limpíiissimos (com lixeiras e toalheiros com o D símbolo da casa), para as atendentes que enxugavam a garrafa de água antes de entregar e para a distribuição de Häagen-Dazs. Pena não ter conseguido ver o Iordee tocar, já que o line up foi alterado.
Já era quase 4 e o novo destino nos recebia: Pacha, com a festa TOY e o DJ Tony Moran. SMSs de amigos presentes já davam conta da festa: bafo! E assim foi: pista principal absolutamente lotada, calor, suor e toda aquela interação de uma pista out of control. Mais de uma vez eu ouvi a seguinte opinião (que também foi a minha): "Bee, tá parecendo o Caldeirão da X Demente!"
Sexta-feira
O dia nem tinha começado quando paramos para repor as energias e continuar o fervo. O destino da manhã de sexta era a SoGo, nos Jardins, onde rolava a especialíssima edição somente para convidados da Festa do Rei. E a festa foi incríiivel! O clima era de amigos reunidos, convidados se divertindo, conversinhas, papos, todo mundo se conhecendo, celebração, boa música... Sem compromisso com nada, apenas com os bons momentos da vida. O tempo foi passando, passando e só saímos de lá às 4 da tarde, deixando alguns guerreiros!
E a SoGo, vale dizer, é um lugar fantástico (pelo menos agora, após a reforma). Com uma imbatível localização - eu fui a pé, mesmo sob garoa fina -, precisa apenas de uma programação forte pra ser o bafo em SP. Para after, então, é perfeito! De um espaço daqueles que precisamos no Rio, com uma pistinha do tamanho exato, um corredor animado, um bar aconchegante e um mezanino honesto (em resumo, algo como um 69 mais bonito e iluminado).
Depois de poucas horas de descanso, à noite foi de mais um fervo: Angels @ The Week. Noitezinha aparentemente mais calma que o de costume. Mads apenas aparentemente porque não faltou animação! Abel arrasou e fez um ótimo set pra uma pista lotada, onde se via os muitos grupinhos de todas as cidades do país. Saí de lá direto para os braços de Morfeu e finalmente consegui algumas horas de descanso.
Sábado
A função diurna começou com a casa de uns amigos nos Jardins: mais cariocas chegavam à cidade no início da tarde. Depois de um japa rápido, GiraSol / Matinee Group no Clube Tietê.
Nossa, que produção! Um palco enorme, muita luz, um som poderoso e dançarinos com performances e figurinos de deixar qualquer um boquiaberto. O grupo Epiphony fez uma apresentação bem meia-boca, com uma tiazinha loira fraca dublando, mas foi só J. Louis entrar para colocar fogo no puteiro com um dos melhores sets da Parada. Saí um pouquinho mais cedo - um bom motivo pra descansar - mas ao som de Real Things, da Rebeka Brown, foi um ótimo encerramento de festa.
Detalhe para uma bee que me contou no dia seguinte ter chorado horrores de emoção diante daquela vibe indescritível. Aos que perguntavam o motivo, ela dizia "Me deixa chorar!"...
Algumas horas depois: The Week de novo! Dessa vez para a clássica noite mais lotada da casa. E ele na cabine: Peter Rauhofer na Babylon / Work. Olha... o começo até que não foi grande coisa, Whateva Whateva foi umas das primeiras mas faltou vibe praquela hora (tanto que o DJ repetiu a música ao longo do set, dessa vez em um momento bem melhor), mas parou por aí. Depois, foi só perfeição. Ouvi de pessoas de vários lugares, vários sexos, várias bagagens de música eletrônica diferentes a mesma opinião: o cara arrasou. Ele estava sensacional. Um dos melhores sets dele aqui e, sem dúvida, o melhor da Parada. Na cabine desde às 3:30 da manhã até pouco depois das 11, o top DJ tocou todos os seus remixes mais bafônicos (ainda ouvi de um amigo no domingo "Lembrei de você em Say it Right!") que a gente adora ouvir na pista e que Peter não nos deixa sem. E eu, que consegui ficar bem perto da cabine em alguns momentos, vi um DJ sem estrelismos e sem o bico tão criticado há tempos. E cada vez mais brasileiro, eu digo.
Foi uma noite memorável, inesquecível e histórica.
Agora só ano que vem... e daí a gente pergunta: vale tanta ansiedade, tanto dinheiro gasto, tantas noites mal (ou nada) dormidas, tanta alimentação ruim? Sim, vale. E muito.
Sem dúvida, essa foi a principal temporada de 2009. Tantas festas, tantas pessoas, tanta animação... a Parada de São Paulo move um mundo inteiro pra celebrar o orgulho e a vontade de ser o que você quiser.
Pra acompanhar tudo isso, a programação é cada vez mais intensa, com clubes e eventos cada vez mais profissionais e impressionantes. A disposição e a vontade foram muitas. Consegui conferir todas as festas que quis e curtir cada momento com cada pessoa que surgiu na minha vida. Mesmo sem alguns amigos por perto, muitas outras grandes e queridas figuras fizeram esse feriado de Corpus Christ ser tão completo.
Sem dúvida, as histórias são muitas, as memórias serão eternas e as boas lembranças serão impagáveis. Mas vamos ao que interessa em um resumão do que vi no Pride 2009:
Quarta-feira
Comecei o Pride calmo. Aproveitei o bom horário que cheguei na cidade e a chuva que caiu durante toda a tarde para conhecer a filial da Fórmula Academia na Rua da Consolação, antiga Master 24h, onde eu posso malhar. O espaço é ótimo e me lembrou a filial da BodyTech de Copa (sem a piscina). No caminho, bateu uma fome. E veio a indignação: São Paulo não tem casa de sucos. Tive que ir até a Paulista achar uma - e olha que a Consolação tem mais de uma academia, hein - mas que nem abacaxi tinha pra colocar no meu peito de peru com minas... Ficará rico quem criar uma rede limpa, bonita e completa de naturais na cidade.
O esquenta da Parada ficou por conta da ilustre presença de Libanesa diretamente de Dubai na Maison Lorena. Apenas por poucas horas, matando as saudades de casa, da família e dos amigos. Depois, o destino foi a primeira noite de The Week International, na festa de abertura. Quem estava acostumado com a casa não tão cheia no primeiro dia dos anos anteriores se surpreendeu com a pista lotada. Juanjo Martin fez um ótimo set e Vlad tocou versões incríveis de t-o-d-a-s as músicas que àquela altura ainda fariam a Pride ser o que foi.
Quinta-feira
Depois de uma tarde tranquila e um ótimo almoço em Moema, a quinta foi dia de uma enorme função, já que duas festas incríveis chamavam a atenção do público. A grande missão era aproveitar as duas intensamente. Antes, parada estratégica no L´Open, que bombava, para dar aquele close e fazer uma das únicas refeições da semana.
E lá fomos nós: V.I.P no Terraço Daslu foi o primeiro destino. Sem dúvida, a festa gay mais bonita que eu fui em toda a minha vida. Se já não bastasse a imponente arquitetura do local, a decoração era absurda: candelabros, velas, arranjos, mobílias... Sem contar a área vip - com direito a hostess Anna Pavinatto Wintour - de onde nem dava vontade de sair. Tudo muito fino e rico. Como era esperado, a festa foi a mais pura tradução da palavra carão - muita gente bonita, bem vestida e comportada. Mas aos poucos o povo foi se soltando, a festa foi tomando forma e ganhando ainda mais brilho. Destaque para os banheiros limpíiissimos (com lixeiras e toalheiros com o D símbolo da casa), para as atendentes que enxugavam a garrafa de água antes de entregar e para a distribuição de Häagen-Dazs. Pena não ter conseguido ver o Iordee tocar, já que o line up foi alterado.
Já era quase 4 e o novo destino nos recebia: Pacha, com a festa TOY e o DJ Tony Moran. SMSs de amigos presentes já davam conta da festa: bafo! E assim foi: pista principal absolutamente lotada, calor, suor e toda aquela interação de uma pista out of control. Mais de uma vez eu ouvi a seguinte opinião (que também foi a minha): "Bee, tá parecendo o Caldeirão da X Demente!"
Sexta-feira
O dia nem tinha começado quando paramos para repor as energias e continuar o fervo. O destino da manhã de sexta era a SoGo, nos Jardins, onde rolava a especialíssima edição somente para convidados da Festa do Rei. E a festa foi incríiivel! O clima era de amigos reunidos, convidados se divertindo, conversinhas, papos, todo mundo se conhecendo, celebração, boa música... Sem compromisso com nada, apenas com os bons momentos da vida. O tempo foi passando, passando e só saímos de lá às 4 da tarde, deixando alguns guerreiros!
E a SoGo, vale dizer, é um lugar fantástico (pelo menos agora, após a reforma). Com uma imbatível localização - eu fui a pé, mesmo sob garoa fina -, precisa apenas de uma programação forte pra ser o bafo em SP. Para after, então, é perfeito! De um espaço daqueles que precisamos no Rio, com uma pistinha do tamanho exato, um corredor animado, um bar aconchegante e um mezanino honesto (em resumo, algo como um 69 mais bonito e iluminado).
Depois de poucas horas de descanso, à noite foi de mais um fervo: Angels @ The Week. Noitezinha aparentemente mais calma que o de costume. Mads apenas aparentemente porque não faltou animação! Abel arrasou e fez um ótimo set pra uma pista lotada, onde se via os muitos grupinhos de todas as cidades do país. Saí de lá direto para os braços de Morfeu e finalmente consegui algumas horas de descanso.
Sábado
A função diurna começou com a casa de uns amigos nos Jardins: mais cariocas chegavam à cidade no início da tarde. Depois de um japa rápido, GiraSol / Matinee Group no Clube Tietê.
Nossa, que produção! Um palco enorme, muita luz, um som poderoso e dançarinos com performances e figurinos de deixar qualquer um boquiaberto. O grupo Epiphony fez uma apresentação bem meia-boca, com uma tiazinha loira fraca dublando, mas foi só J. Louis entrar para colocar fogo no puteiro com um dos melhores sets da Parada. Saí um pouquinho mais cedo - um bom motivo pra descansar - mas ao som de Real Things, da Rebeka Brown, foi um ótimo encerramento de festa.
Detalhe para uma bee que me contou no dia seguinte ter chorado horrores de emoção diante daquela vibe indescritível. Aos que perguntavam o motivo, ela dizia "Me deixa chorar!"...
Algumas horas depois: The Week de novo! Dessa vez para a clássica noite mais lotada da casa. E ele na cabine: Peter Rauhofer na Babylon / Work. Olha... o começo até que não foi grande coisa, Whateva Whateva foi umas das primeiras mas faltou vibe praquela hora (tanto que o DJ repetiu a música ao longo do set, dessa vez em um momento bem melhor), mas parou por aí. Depois, foi só perfeição. Ouvi de pessoas de vários lugares, vários sexos, várias bagagens de música eletrônica diferentes a mesma opinião: o cara arrasou. Ele estava sensacional. Um dos melhores sets dele aqui e, sem dúvida, o melhor da Parada. Na cabine desde às 3:30 da manhã até pouco depois das 11, o top DJ tocou todos os seus remixes mais bafônicos (ainda ouvi de um amigo no domingo "Lembrei de você em Say it Right!") que a gente adora ouvir na pista e que Peter não nos deixa sem. E eu, que consegui ficar bem perto da cabine em alguns momentos, vi um DJ sem estrelismos e sem o bico tão criticado há tempos. E cada vez mais brasileiro, eu digo.
Foi uma noite memorável, inesquecível e histórica.
< /Pic by Dani Brasil>
Domingo
Apesar de termos colocado o despertador para as 2 da tarde na intenção de chegar cedo e fazer fotos diurnas na Nova Pool Party / Circuit Festival, perdemos a hora - claro! - e só chegamos às 8. Pra compensar, ficamos até o final da festa. Enrico Arghentini não fez um bom set para uma festa daquela - talvez em uma pista mais pesada funcione -, mas Chris Cox lançou mão de hits (quase um bate-cabelo poderoso) e fechou a pista com Christina e todas as suas divas.
Ótimo para o encerramento da temporada, que trouxe a pertinente pergunta: onde eu pego meu certificado de conclusão do I Eterna Festival? Porque, né?, eu fui um aluno aplicado, não faltei às aulas e passei com louvor.
Mereço ou não mereço?
Apesar de termos colocado o despertador para as 2 da tarde na intenção de chegar cedo e fazer fotos diurnas na Nova Pool Party / Circuit Festival, perdemos a hora - claro! - e só chegamos às 8. Pra compensar, ficamos até o final da festa. Enrico Arghentini não fez um bom set para uma festa daquela - talvez em uma pista mais pesada funcione -, mas Chris Cox lançou mão de hits (quase um bate-cabelo poderoso) e fechou a pista com Christina e todas as suas divas.
Ótimo para o encerramento da temporada, que trouxe a pertinente pergunta: onde eu pego meu certificado de conclusão do I Eterna Festival? Porque, né?, eu fui um aluno aplicado, não faltei às aulas e passei com louvor.
Mereço ou não mereço?
quarta-feira, junho 03, 2009
Não para, não para, não para, não
E São Paulo continua frenética. E lógico que eu não poderia perder a chance de conhecer novos lugares, já que quem está na chuva é pra se molhar.
Fiquei sabendo que na sexta rolou a reinauguração do club Ultra Diesel, no Centro, que eu não conhecia. Às 10 da manhã de domingo, nos momentos finais da The Week, encontrei um animadíssimo amigo carioca-que-virou-paulistano: “Vamos pro after?”. Minhas pernas não aguentavam mais, mas diante da empolgação do grupo em que estávamos, acabei cedendo.
Pra início de conversa, fico tenso com a realidade do Centrão de São Paulo, bem distante do circuito Av Paulista – Jardins que estamos acostumados. Antes mesmo de sair do táxi, fomos abordados por uns 3 pivetes e 2 mendigos pedindo 2 reais, enquanto outros usavam crack na calçada. E não, eu não moro em Zurique, mas o Centro do Rio se resume aos dias úteis no horário comercial – não há nada depois disso: a Lapa é Bairro boêmio e possui outra vibe, apesar de também perigosa, enquanto que a Saúde, na região central, é praticamente deserta. Já em plena Praça da República, muita coisa acontece.
No final, o grupo inteiro desistiu e apenas os cariocas entraram no club. Lá dentro, eu só pensava: “nunca mais reclamo da frequência da Le Boy. Nunca mais!”. Sim, a coisa é apavorante. Sei lá de onde saiu aquele povo – o pior era pensar “onde eles passaram a noite e chegaram no after?” – e confesso ter ficado com um pouquinho de medo. A infra do club é ok – e segundo fontes seguras, a reforma deu uma bela melhorada no ambiente – mas não chega a impressionar. O mais divertido foi ver o show da drag que era a cara da Elba Ramalho e segurava a peruca para não cair: não entendemos se era uma representação de um polvo com seus tentáculos ou da Mãe Natureza, a fauna e a flora. Só sei que era tudo tão trash, mas tão trash que chegou a ser divertido.
Depois de 15 minutos e uma onda gasta, rumamos pra casa, com a sensação de que já tinha sido mais do que suficiente.
Já o domingo começou na ressaca. Mas depois de um belo Bombom Deluxe na Lanchonete da Cidade – número 15.401! -, tudo mudou. O primeiro destino foi a Pool, mas depois a dúvida era “Cantho ou Gambiarra?”. A primeira eu já conhecia e apesar do querido Felipe Lira tocando, a curiosidade – sempre ela! – falou mais alto. E lá fomos nós encontrar a cariocada – e a paulistada fervida – na festa mais hype do momento na capital do país.
As comparações com a carioca Bailinho são inevitáveis: festa realizada pela galera do teatro, música variada, freqüência de cabeça-aberta. Mas para por aí. Se enganou quem achou que uma fosse a versão paulistana da outra. As músicas do Bailinho são um tanto quanto mais profissionais, a festa acontece em um club e apesar da invasão de gente comum, é feita por artistas para artistas. A Gambiarra tem uma pegada diferente: as músicas são desconexas e nem sempre a pista responde como deveria, além de praticamente não ter celebridades (celebridade em SP é algo raríssimo, aliás) – em uma ou outra edição apareceu alguém mais famoso como o Giane, enquanto o Bailinho era composto 60% de globais. Os destaques ficam orconta da frequência basicamente gay, o mix de público – pólo boys, the weekers, rastas, mudernos, emos e meninas – e o local, que é absolutamente fantástico! Pra começar, a equipe da entrada é de uma simpatia absurda. E o lugar é me deixou boquiaberto: o estilo, a áurea decadente, as escadarias, os elevadores antigos, os mil e um espaços diferentes. Ainda bem que eu estava acompanhado de antigos frequentadores, senão nunca mais sairia daquele labirinto.
Mesmo estando esgotado, às 4:30 eu saí de lá. Aproveitando tu-do. Porque guerreiro é guerreiro.
E São Paulo continua frenética. E lógico que eu não poderia perder a chance de conhecer novos lugares, já que quem está na chuva é pra se molhar.
Fiquei sabendo que na sexta rolou a reinauguração do club Ultra Diesel, no Centro, que eu não conhecia. Às 10 da manhã de domingo, nos momentos finais da The Week, encontrei um animadíssimo amigo carioca-que-virou-paulistano: “Vamos pro after?”. Minhas pernas não aguentavam mais, mas diante da empolgação do grupo em que estávamos, acabei cedendo.
Pra início de conversa, fico tenso com a realidade do Centrão de São Paulo, bem distante do circuito Av Paulista – Jardins que estamos acostumados. Antes mesmo de sair do táxi, fomos abordados por uns 3 pivetes e 2 mendigos pedindo 2 reais, enquanto outros usavam crack na calçada. E não, eu não moro em Zurique, mas o Centro do Rio se resume aos dias úteis no horário comercial – não há nada depois disso: a Lapa é Bairro boêmio e possui outra vibe, apesar de também perigosa, enquanto que a Saúde, na região central, é praticamente deserta. Já em plena Praça da República, muita coisa acontece.
No final, o grupo inteiro desistiu e apenas os cariocas entraram no club. Lá dentro, eu só pensava: “nunca mais reclamo da frequência da Le Boy. Nunca mais!”. Sim, a coisa é apavorante. Sei lá de onde saiu aquele povo – o pior era pensar “onde eles passaram a noite e chegaram no after?” – e confesso ter ficado com um pouquinho de medo. A infra do club é ok – e segundo fontes seguras, a reforma deu uma bela melhorada no ambiente – mas não chega a impressionar. O mais divertido foi ver o show da drag que era a cara da Elba Ramalho e segurava a peruca para não cair: não entendemos se era uma representação de um polvo com seus tentáculos ou da Mãe Natureza, a fauna e a flora. Só sei que era tudo tão trash, mas tão trash que chegou a ser divertido.
Depois de 15 minutos e uma onda gasta, rumamos pra casa, com a sensação de que já tinha sido mais do que suficiente.
Já o domingo começou na ressaca. Mas depois de um belo Bombom Deluxe na Lanchonete da Cidade – número 15.401! -, tudo mudou. O primeiro destino foi a Pool, mas depois a dúvida era “Cantho ou Gambiarra?”. A primeira eu já conhecia e apesar do querido Felipe Lira tocando, a curiosidade – sempre ela! – falou mais alto. E lá fomos nós encontrar a cariocada – e a paulistada fervida – na festa mais hype do momento na capital do país.
As comparações com a carioca Bailinho são inevitáveis: festa realizada pela galera do teatro, música variada, freqüência de cabeça-aberta. Mas para por aí. Se enganou quem achou que uma fosse a versão paulistana da outra. As músicas do Bailinho são um tanto quanto mais profissionais, a festa acontece em um club e apesar da invasão de gente comum, é feita por artistas para artistas. A Gambiarra tem uma pegada diferente: as músicas são desconexas e nem sempre a pista responde como deveria, além de praticamente não ter celebridades (celebridade em SP é algo raríssimo, aliás) – em uma ou outra edição apareceu alguém mais famoso como o Giane, enquanto o Bailinho era composto 60% de globais. Os destaques ficam orconta da frequência basicamente gay, o mix de público – pólo boys, the weekers, rastas, mudernos, emos e meninas – e o local, que é absolutamente fantástico! Pra começar, a equipe da entrada é de uma simpatia absurda. E o lugar é me deixou boquiaberto: o estilo, a áurea decadente, as escadarias, os elevadores antigos, os mil e um espaços diferentes. Ainda bem que eu estava acompanhado de antigos frequentadores, senão nunca mais sairia daquele labirinto.
Mesmo estando esgotado, às 4:30 eu saí de lá. Aproveitando tu-do. Porque guerreiro é guerreiro.
terça-feira, maio 19, 2009
Pride - II
Toda temporada de fervo tem uma música marcante. Foi assim com The Wings há três anos, You're Free há dois (sim, remixes antigos também voltam se tocados com dignidade), Say it Right no feriado de 7 de setembro de 2007, Sandcastle Disco e Better in Time nesse Reveillon, Right Here e Sundays at Heaven no Carnaval. Na Parada do ano passado, Mariah desbancou Madonna e a gente ouviu Touch My Body 546.896 vezes em 5 dias. A tendência, óbvio, é que alguma música com vocal alcance esse status, já que é mais fácil de decorar e ver todas as bees cantando (ou tentando) juntinhas no meio da pista.
Esse ano algumas são as apostas, mas até agora nada se destacou. Faltou algum lançamento bombástico e muitas, apesar de serem sucesso absoluto, cansaram e perderam o fôlego, como Lady Gaga e Rihanna. Mariah, com I'm That Chick (é o último single, nao é? Tem remix do Tony Moran), Britney e sua péssima If U Seek Amy e as produções de Offer com Maya vão tocar horrores, mas nenhuma é tão chiclete assim.
Eu fico com Beyonce e sua Halo. Não é novinha mas tocou pouco. A letra é fácil, tem um quê de drama (ótima pra dublar) e o remix do Edson Pride é do tipo que não deixa ninguém parado.
Já está no repeat do iPod.
---
Update:
Dica da abonitadavieirasouto:
Filipe Guerra Feat. Lorena Simpson - Brand New Day
Na mosca! Por isso adoro os comentaristas.
Toda temporada de fervo tem uma música marcante. Foi assim com The Wings há três anos, You're Free há dois (sim, remixes antigos também voltam se tocados com dignidade), Say it Right no feriado de 7 de setembro de 2007, Sandcastle Disco e Better in Time nesse Reveillon, Right Here e Sundays at Heaven no Carnaval. Na Parada do ano passado, Mariah desbancou Madonna e a gente ouviu Touch My Body 546.896 vezes em 5 dias. A tendência, óbvio, é que alguma música com vocal alcance esse status, já que é mais fácil de decorar e ver todas as bees cantando (ou tentando) juntinhas no meio da pista.
Esse ano algumas são as apostas, mas até agora nada se destacou. Faltou algum lançamento bombástico e muitas, apesar de serem sucesso absoluto, cansaram e perderam o fôlego, como Lady Gaga e Rihanna. Mariah, com I'm That Chick (é o último single, nao é? Tem remix do Tony Moran), Britney e sua péssima If U Seek Amy e as produções de Offer com Maya vão tocar horrores, mas nenhuma é tão chiclete assim.
Eu fico com Beyonce e sua Halo. Não é novinha mas tocou pouco. A letra é fácil, tem um quê de drama (ótima pra dublar) e o remix do Edson Pride é do tipo que não deixa ninguém parado.
Já está no repeat do iPod.
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Update:
Dica da abonitadavieirasouto:
Filipe Guerra Feat. Lorena Simpson - Brand New Day
Na mosca! Por isso adoro os comentaristas.
terça-feira, abril 14, 2009
Os bons filhos à casa tornam
Havia mais de um ano que eu não pisava em uma BITCH. Da última vez, a falta de estrutura me fez prometer que só voltaria quando a festa evoluísse, afinal, já não vivemos mais em época de amadores com pessoas esmagadas nas grades, cerveja quente, falta de água nos bares ou banheiros imundos.
(Só para explicar melhor: o mesmo sentimento eu tenho pelo Cine Ideal, local em que já fervi muitas e muitas vezes, mas que hoje tem uma assustadora programação bagaceira e os mesmos defeitos de quando a noite ainda era mambembe).
O inédito line up, com um top DJ internacional, e a volta à melhor locação que a festa já teve despertaram a vontade de ver de que maneira a label atualmente recebe o seu público, um dos mais fiéis da cidade. E isso me motivou a rumar para o parque de diversões às 3 da manhã.
Encontrei uma festa muito mais redonda do que deixei. Com exceção dos banheiros, onde tive impressão de que a qualquer momento levaria um tombo e deixaria a minha camisa super branca trabalhada na lama, a entrada foi organizada e os caixas e bares funcionavam muito bem (não à toa via-se uma pessoa bem íntima do staff da R:evolution controlando tudo com mão-de-ferro).
O som deu uma melhorada significativa graças à presença de Tony Moran: muitas produções do DJ e muito vocal no set, mas que infelizmente foi bem curto e acabou às 4:30. Depois, Marcus Vinicius assumiu as picapes. E aí desandou... O chato é saber que Marcus Vinicius é um ótimo DJ, mas que parecia perdido e não conseguiu fazer com que o som funcionasse - veja bem, não estou cobrando The Flame no final da festa. Longe de mim... Mas com se tratava de BITCH, não poderia esperar muito nesse quesito, já que a qualidade do som nunca foi o seu forte.
A decoração, que sempre foi o ponto alto, não existiu tão bela quanto em outras edições (compreensível, já que o "cd de remixes da Rihanna" não é um tema que possibilite muitos trabalhos) mas o imponente painel de leds na cabine, a iluminação da pista e as luzes na "cidade" do Terra Encantada deixaram a festa com um bonito visual.
O público, por sua vez, era o que chamamos de democrático. Das pintosas do bate-cabelo às barbies mais fervidas do circuito Rio-SP, todos estavam lá. Aliás, onde mais você poderia encontrar uma trava com uma roupa em que uma perna era calça comprida e a outra era short? Ou uma bee de cabelo rosa combinando com o shortinho? Momentos únicos.
E ainda teve algumas atrações liberadas (as que ainda possuem manutenção, quero acreditar). Não me arrisquei - não tenho mais idade para tais aventuras - mas amigos contaram grandes experiências no auto-pista e no barco Viking.
A festa terminou às 7 da manhã mas ficou a sensação de que faltava alguma coisa. E daí pro after foi um pulo. O fervo aconteceu num clubinho no final da Barra, o Capital Club, produzido pelas festas After Beach e Fam.us. As filas e a confusão na entrada atrapalharam um pouco (fica a pergunta: por que as bichas são tão mal educadas e adoram um empurra-empurra, mesmo sabendo que todo mundo vai entrar na festa?) mas nada que conseguisse tirar o brilho da jogação, já que o lugar é perfeito pra um after: ar-condicionado potente, bares funcionando, iluminação certa, ótimo som e um mezanino mais do que necessário. Os DJs ajudaram - e muito - no clima do lugar que, segundo um amigo, mais parecia o clipe de I'm a slave 4 u (lembre-se do video, se é que você me entende). Aliás, já ouvi a opinião que em termos de vibe, o after deu de dez na festa. E acabei concordando...
No final das contas, a festa provou que mesmo após 15 anos de existência, tem muito fôlego pra seguir em frente. Em meio a uma concorrência cada vez mais profissional, alguns ajustes são necessários, mas sem dúvida trata-se do maior evento gay da cidade. Diante de tanto sucesso, fica apenas a opinião de que a BITCH poderia se dar ao luxo de sair da fórmula arroz-com-feijão que a consagrou e arriscar novos formatos, novas programações e novas sonoridades, talvez até mesmo com uma segunda marca.
Vida longa à mais uma opção da noite carioca.
---
Um resuminho e a minha primeira contribuição pro Vipado aqui, ó.
Havia mais de um ano que eu não pisava em uma BITCH. Da última vez, a falta de estrutura me fez prometer que só voltaria quando a festa evoluísse, afinal, já não vivemos mais em época de amadores com pessoas esmagadas nas grades, cerveja quente, falta de água nos bares ou banheiros imundos.
(Só para explicar melhor: o mesmo sentimento eu tenho pelo Cine Ideal, local em que já fervi muitas e muitas vezes, mas que hoje tem uma assustadora programação bagaceira e os mesmos defeitos de quando a noite ainda era mambembe).
O inédito line up, com um top DJ internacional, e a volta à melhor locação que a festa já teve despertaram a vontade de ver de que maneira a label atualmente recebe o seu público, um dos mais fiéis da cidade. E isso me motivou a rumar para o parque de diversões às 3 da manhã.
Encontrei uma festa muito mais redonda do que deixei. Com exceção dos banheiros, onde tive impressão de que a qualquer momento levaria um tombo e deixaria a minha camisa super branca trabalhada na lama, a entrada foi organizada e os caixas e bares funcionavam muito bem (não à toa via-se uma pessoa bem íntima do staff da R:evolution controlando tudo com mão-de-ferro).
O som deu uma melhorada significativa graças à presença de Tony Moran: muitas produções do DJ e muito vocal no set, mas que infelizmente foi bem curto e acabou às 4:30. Depois, Marcus Vinicius assumiu as picapes. E aí desandou... O chato é saber que Marcus Vinicius é um ótimo DJ, mas que parecia perdido e não conseguiu fazer com que o som funcionasse - veja bem, não estou cobrando The Flame no final da festa. Longe de mim... Mas com se tratava de BITCH, não poderia esperar muito nesse quesito, já que a qualidade do som nunca foi o seu forte.
A decoração, que sempre foi o ponto alto, não existiu tão bela quanto em outras edições (compreensível, já que o "cd de remixes da Rihanna" não é um tema que possibilite muitos trabalhos) mas o imponente painel de leds na cabine, a iluminação da pista e as luzes na "cidade" do Terra Encantada deixaram a festa com um bonito visual.
O público, por sua vez, era o que chamamos de democrático. Das pintosas do bate-cabelo às barbies mais fervidas do circuito Rio-SP, todos estavam lá. Aliás, onde mais você poderia encontrar uma trava com uma roupa em que uma perna era calça comprida e a outra era short? Ou uma bee de cabelo rosa combinando com o shortinho? Momentos únicos.
E ainda teve algumas atrações liberadas (as que ainda possuem manutenção, quero acreditar). Não me arrisquei - não tenho mais idade para tais aventuras - mas amigos contaram grandes experiências no auto-pista e no barco Viking.
A festa terminou às 7 da manhã mas ficou a sensação de que faltava alguma coisa. E daí pro after foi um pulo. O fervo aconteceu num clubinho no final da Barra, o Capital Club, produzido pelas festas After Beach e Fam.us. As filas e a confusão na entrada atrapalharam um pouco (fica a pergunta: por que as bichas são tão mal educadas e adoram um empurra-empurra, mesmo sabendo que todo mundo vai entrar na festa?) mas nada que conseguisse tirar o brilho da jogação, já que o lugar é perfeito pra um after: ar-condicionado potente, bares funcionando, iluminação certa, ótimo som e um mezanino mais do que necessário. Os DJs ajudaram - e muito - no clima do lugar que, segundo um amigo, mais parecia o clipe de I'm a slave 4 u (lembre-se do video, se é que você me entende). Aliás, já ouvi a opinião que em termos de vibe, o after deu de dez na festa. E acabei concordando...
No final das contas, a festa provou que mesmo após 15 anos de existência, tem muito fôlego pra seguir em frente. Em meio a uma concorrência cada vez mais profissional, alguns ajustes são necessários, mas sem dúvida trata-se do maior evento gay da cidade. Diante de tanto sucesso, fica apenas a opinião de que a BITCH poderia se dar ao luxo de sair da fórmula arroz-com-feijão que a consagrou e arriscar novos formatos, novas programações e novas sonoridades, talvez até mesmo com uma segunda marca.
Vida longa à mais uma opção da noite carioca.
---
Um resuminho e a minha primeira contribuição pro Vipado aqui, ó.
quinta-feira, abril 09, 2009
Fervo de Chocolate
Que a Semana da Páscoa representa a Paixão de Cristo todo mundo sabe. Que católicos não devem comer carne também. Que no domingo trocamos ovos de chocolate (eu tô fora, não gosto de doce), então, nem se fala.
Mas não é de hoje que o feriadão simboliza viagens, turistas e, claro, fervo. Sou do tempo em que a X Demente fazia sua tradicional festa na Marina da Glória com direito a pessoas vestidas de coelhinho no meio do povo.
Então vejamos a programação around the world:
- Barcelona terá não só a primeira festa da The Week na DBOY no sábado, como Erick Morillo arrasando na Discotheque na sexta;
- Paris terá o top Tiësto no club gay Le Queen (estranho, não?) e uma festinha no domingo que chama as bees pra "caçarem os ovos" (ui!);
- Palm Springs terá a vigésima edição de sua tradicionalérrima White Party, dessa vez com a DJ Ana Paula na cabine e apresentação de ninguém mais, ninguém menos que Lady GaGa;
- São Paulo tem long set do toptoptop Paulo Pacheco na The Week;
- Montreal recebe Peter Rauhofer e sua festa Work no sábado e o superfestival Bal en Blanc no domingo, com Offer Nissim e Ana Paula no line up e performance de Amannda;
- Moscou vem com Matinee Group;
- Buenos Aires recebe mais uma brasileira, Patricia Tribal, no sábado;
- Londres recebe a festa SuperMartXé, de Ibiza, a La Leche, direto de Barcelona, e a Salvation.
- Rio recebe Tony Moran para mais uma Bitch no Terra Encantada;
Já escolheu onde vai se jogar?
Corre que ainda dá tempo.
Que a Semana da Páscoa representa a Paixão de Cristo todo mundo sabe. Que católicos não devem comer carne também. Que no domingo trocamos ovos de chocolate (eu tô fora, não gosto de doce), então, nem se fala.
Mas não é de hoje que o feriadão simboliza viagens, turistas e, claro, fervo. Sou do tempo em que a X Demente fazia sua tradicional festa na Marina da Glória com direito a pessoas vestidas de coelhinho no meio do povo.
Então vejamos a programação around the world:
- Barcelona terá não só a primeira festa da The Week na DBOY no sábado, como Erick Morillo arrasando na Discotheque na sexta;
- Paris terá o top Tiësto no club gay Le Queen (estranho, não?) e uma festinha no domingo que chama as bees pra "caçarem os ovos" (ui!);
- Palm Springs terá a vigésima edição de sua tradicionalérrima White Party, dessa vez com a DJ Ana Paula na cabine e apresentação de ninguém mais, ninguém menos que Lady GaGa;
- São Paulo tem long set do toptoptop Paulo Pacheco na The Week;
- Montreal recebe Peter Rauhofer e sua festa Work no sábado e o superfestival Bal en Blanc no domingo, com Offer Nissim e Ana Paula no line up e performance de Amannda;
- Moscou vem com Matinee Group;
- Buenos Aires recebe mais uma brasileira, Patricia Tribal, no sábado;
- Londres recebe a festa SuperMartXé, de Ibiza, a La Leche, direto de Barcelona, e a Salvation.
- Rio recebe Tony Moran para mais uma Bitch no Terra Encantada;
Já escolheu onde vai se jogar?
Corre que ainda dá tempo.
segunda-feira, abril 06, 2009
Não há nada como o titânio da Tiffany*
O primeiro finde de 2009 em São Paulo foi absolutamente incrível.
Aconteceu tanta coisa que desde a manhã de sábado, quando deixei o Rio, até o início da tarde desta segunda-feira, quando voltei, contabilizei apenas 5 horas de sono.
Tudo começou com a festinha mais aguardada e divertida da semana. Não, não teve nada de branco. Tratava-se de um mega encontro de queridos amigos que surgiram na minha vida através desse pequeno canto em que escrevo. Uma Pool Party pvt incrível em uma digna maison, com momentos divertidíssimos, músicas absurdinhas e patrocínio da Absolut. E com direito a participação especial de Phoebe, a pitbull mais educada de São Paulo.
Depois de um necessário pitstop pra troca de figurino e retoque da escova e do make, partimos pro evento mais frustrante do ano: Skol Sensation. A idéia e elaboração do evento eram muito interessantes, a iluminação era incrível, as performances eram bacanas, a cenografia era muito bonita, mas nada que a The Week ou a R:evolution não consigam fazer ou já tenham feito. Aliás, pra quem tem o maior espetáculo da Terra, nada chegou a me deixar boquiaberto.
Os pontos negativos ficaram pra organização - filas, filas e mais filas - e o som, que mais parecia sintonizado naqueles programas de e-music da madrugada de rádio FM (jurei que em algum momento iria tocar Sthefany Club Mix). Saímos só às 4:30 porque ainda tínhamos esperança que algo fosse acontecer, o que obviamente não rolou.
De lá direto pra The Week, que recebeu um bom público, além do povo de branco. E eu que ainda não conhecia o camarote Chandon, adorei o novo espaço - a filial carioca possui uma área vip tão bonita que já era hora da matriz ganhar uma merecida reforma. É incrível como apesar de todo esse tempo frequentando a casa, a TWSP me impressiona e me deixa eufórico, ainda mais acompanhado de um amigo estreante na noite gay, igualmente impressionado com a qualidade da casa.
O domingo foi dia de orgias gastronômicas paulistanas: café-da-manhã na Bella Paulista, almocinho no Ritz e docinhos na Ofner antes de jornada dupla.
Primeiro, Day Party na Flexx. Eu ainda não conhecia a casa: o espaço é ótimo e a área externa parece funcionar de uma boa maneira (que infelizmente ficou prejudicada com o pé d'água que caiu no meio da tarde), mas merece um tratamento e uns toques de bom gosto (vamos combinar: aquele freezer de boteco cor de gelo não é nada legal...).
Às 7 da noite estávamos de volta à The Week para mais uma edição da Nova Pool Party. A pista absolutamente lotada, com direito a um André Almada no palco e feliz igual a pinto no lixo ao lado dos dançarinos (mais uma vez: os TW Dancers são o máximo). E, claro, Cecin arrasando no som. Barcelona que o aguarde.
Dever cumprido e começando os trabalhos com o pé direito. E já contando os dias pra mais uma visita à cidade que não nos deixa parados nem por um minuto.
---
* Frase por Lindinalva Zborowska, que achou uma aliança da joalheria no banheirón, mas não devolveu no Achados e Perdidos.
Momentinho fofo do finde garantido pelo Gustavo, um leitor que chegou em mim no meio da pista só pra elogiar o blog. Adoro.
O primeiro finde de 2009 em São Paulo foi absolutamente incrível.
Aconteceu tanta coisa que desde a manhã de sábado, quando deixei o Rio, até o início da tarde desta segunda-feira, quando voltei, contabilizei apenas 5 horas de sono.
Tudo começou com a festinha mais aguardada e divertida da semana. Não, não teve nada de branco. Tratava-se de um mega encontro de queridos amigos que surgiram na minha vida através desse pequeno canto em que escrevo. Uma Pool Party pvt incrível em uma digna maison, com momentos divertidíssimos, músicas absurdinhas e patrocínio da Absolut. E com direito a participação especial de Phoebe, a pitbull mais educada de São Paulo.
Depois de um necessário pitstop pra troca de figurino e retoque da escova e do make, partimos pro evento mais frustrante do ano: Skol Sensation. A idéia e elaboração do evento eram muito interessantes, a iluminação era incrível, as performances eram bacanas, a cenografia era muito bonita, mas nada que a The Week ou a R:evolution não consigam fazer ou já tenham feito. Aliás, pra quem tem o maior espetáculo da Terra, nada chegou a me deixar boquiaberto.
Os pontos negativos ficaram pra organização - filas, filas e mais filas - e o som, que mais parecia sintonizado naqueles programas de e-music da madrugada de rádio FM (jurei que em algum momento iria tocar Sthefany Club Mix). Saímos só às 4:30 porque ainda tínhamos esperança que algo fosse acontecer, o que obviamente não rolou.
De lá direto pra The Week, que recebeu um bom público, além do povo de branco. E eu que ainda não conhecia o camarote Chandon, adorei o novo espaço - a filial carioca possui uma área vip tão bonita que já era hora da matriz ganhar uma merecida reforma. É incrível como apesar de todo esse tempo frequentando a casa, a TWSP me impressiona e me deixa eufórico, ainda mais acompanhado de um amigo estreante na noite gay, igualmente impressionado com a qualidade da casa.
O domingo foi dia de orgias gastronômicas paulistanas: café-da-manhã na Bella Paulista, almocinho no Ritz e docinhos na Ofner antes de jornada dupla.
Primeiro, Day Party na Flexx. Eu ainda não conhecia a casa: o espaço é ótimo e a área externa parece funcionar de uma boa maneira (que infelizmente ficou prejudicada com o pé d'água que caiu no meio da tarde), mas merece um tratamento e uns toques de bom gosto (vamos combinar: aquele freezer de boteco cor de gelo não é nada legal...).
Às 7 da noite estávamos de volta à The Week para mais uma edição da Nova Pool Party. A pista absolutamente lotada, com direito a um André Almada no palco e feliz igual a pinto no lixo ao lado dos dançarinos (mais uma vez: os TW Dancers são o máximo). E, claro, Cecin arrasando no som. Barcelona que o aguarde.
Dever cumprido e começando os trabalhos com o pé direito. E já contando os dias pra mais uma visita à cidade que não nos deixa parados nem por um minuto.
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* Frase por Lindinalva Zborowska, que achou uma aliança da joalheria no banheirón, mas não devolveu no Achados e Perdidos.
Momentinho fofo do finde garantido pelo Gustavo, um leitor que chegou em mim no meio da pista só pra elogiar o blog. Adoro.
sábado, abril 04, 2009
Próxima parada: São Paulo
Acho incrível a capacidade que São Paulo tem de ser intensa. Toda vez que vou pra lá, a minha programação é frenética: almoço, shopping, museus, festas, amigos, passeios, cafés, pegações...tudo ao mesmo tempo agora. Dessa vez não vai ser diferente, claro, e daqui a pouco eu desembarco na terra da garoa.
Da última vez, um simples show da Madonna se transformou em um final de semana de compras, babylon e pool party. Dessa vez, além da festa de um querido blogueiro que vai sacudir o sábado, o domingo promete briga de cachorro grande: Flexx e The Week lançam mais uma edição de suas atividades diurnas.
A primeira traz a DJ Ana Paula e seu brilho especial, enquanto a segunda vem com o top DJ residente Renato Cecin. Difícil escolha, mas certeza de muita jogação nesse finde branco.
Ah! E não para por aí: o querido amigo e editor do CenaCarioca André Garça faz sua estréia nas picapes paulistanas na casa da Barra Funda. E manda avisar: BH e Goiânia estão no roteiro desse mês. Ótimas oportunidades pra conhecer o som elegante do DJ carioca.
Te vejo na pista!
Acho incrível a capacidade que São Paulo tem de ser intensa. Toda vez que vou pra lá, a minha programação é frenética: almoço, shopping, museus, festas, amigos, passeios, cafés, pegações...tudo ao mesmo tempo agora. Dessa vez não vai ser diferente, claro, e daqui a pouco eu desembarco na terra da garoa.
Da última vez, um simples show da Madonna se transformou em um final de semana de compras, babylon e pool party. Dessa vez, além da festa de um querido blogueiro que vai sacudir o sábado, o domingo promete briga de cachorro grande: Flexx e The Week lançam mais uma edição de suas atividades diurnas.
A primeira traz a DJ Ana Paula e seu brilho especial, enquanto a segunda vem com o top DJ residente Renato Cecin. Difícil escolha, mas certeza de muita jogação nesse finde branco.
Ah! E não para por aí: o querido amigo e editor do CenaCarioca André Garça faz sua estréia nas picapes paulistanas na casa da Barra Funda. E manda avisar: BH e Goiânia estão no roteiro desse mês. Ótimas oportunidades pra conhecer o som elegante do DJ carioca.
Te vejo na pista!
segunda-feira, março 30, 2009
Omo Progress Total
Falta menos de uma semana para um dos eventos mais comentados nas pistas de todo o país. No próximo sábado, como todo mundo sabe, acontece o Skol Sensation, a versão brasileira do megafestival Sensation, que já rodou grande parte do mundo.
Com um pouquinho de atraso, a festa aterrissa no Brasil com muitas performances e produção babadeira, digna da vibe dos anos 90. Pelas imagens que eu vi, tem até fogos indoor e chuva de prata. Só faltou o banho de espuma pra ficar a cara de um baile da Furacão 2000 na Circus...
Vou confessar que estava com o pé atrás pra esse evento, ainda mais porque o line up é farofa de rádio FM (aliás, cada DJ vai tocar apenas 1 hora - ou seja, só os hits). Minha presença vai ser motivada pela quantidade de amigos que lá estarão e a vontade de conferir toda essa superprodução. E como o evento começa cedo e eu não sou bobo, fato que pelo meio da madrugada estarei partindo pro nosso porto seguro em Sampa: a Guaicurus que me espere. Isso sem levar em conta que é um belo motivo pra iniciar os trabalhos das jogações paulistanas em 2009.
Agora é correr porque eu ainda nem comprei a minha montação e estou com muito medo daquele friozinho da capital paulistana. Preparem-se: o bonde carioca vai invadir o Skol Sensation todo trabalhado no branco.
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Update: Fica a dica da abonitadavieirasouto nos comentários: arrasem na marca de sol, cariocada. Porque a gente merece.
Falta menos de uma semana para um dos eventos mais comentados nas pistas de todo o país. No próximo sábado, como todo mundo sabe, acontece o Skol Sensation, a versão brasileira do megafestival Sensation, que já rodou grande parte do mundo.
Com um pouquinho de atraso, a festa aterrissa no Brasil com muitas performances e produção babadeira, digna da vibe dos anos 90. Pelas imagens que eu vi, tem até fogos indoor e chuva de prata. Só faltou o banho de espuma pra ficar a cara de um baile da Furacão 2000 na Circus...
Vou confessar que estava com o pé atrás pra esse evento, ainda mais porque o line up é farofa de rádio FM (aliás, cada DJ vai tocar apenas 1 hora - ou seja, só os hits). Minha presença vai ser motivada pela quantidade de amigos que lá estarão e a vontade de conferir toda essa superprodução. E como o evento começa cedo e eu não sou bobo, fato que pelo meio da madrugada estarei partindo pro nosso porto seguro em Sampa: a Guaicurus que me espere. Isso sem levar em conta que é um belo motivo pra iniciar os trabalhos das jogações paulistanas em 2009.
Agora é correr porque eu ainda nem comprei a minha montação e estou com muito medo daquele friozinho da capital paulistana. Preparem-se: o bonde carioca vai invadir o Skol Sensation todo trabalhado no branco.
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Update: Fica a dica da abonitadavieirasouto nos comentários: arrasem na marca de sol, cariocada. Porque a gente merece.
segunda-feira, março 09, 2009
One Night Only
Meu finde costuma ter 3 (ou 4, dependendo do dia em que começa) noitadas. mas depois de tanta função do verão e da semana incrivelmente pesada que tive no trabalho (e ainda estou tendo... aliás, eu deveria estar acabando um relatório agora e não postando aqui), estava mais pra lá do que pra cá e sem disposição pra muita coisa.
Rolou apenas um jantarzinho com meus pais na sexta e um filminho acompanhado no sábado. A única noite que realmente me fez me jogar foi o 00 no domingo, aquele famoso lugar que reúne o melhor público do Rio, sabe? Demorou um pouco, mas o clubinho encheu na medida certa (e muita gente que não conseguiu entrar no último Bailinho do verão partiu pra Gávea).
Falando nisso, é inegável o sucesso das noites de domingo no Rio. Certeza que a cidade descobriu uma vocação pós-praia pra fechar a semana de forma tranquila, tomando uns drinks e batendo um papo solto com os amigos.
E ainda me perguntaram ontem: - Aqui tem as pessoas mais bonitas ou as pessoas mais bem vestidas da cena gay do Rio?
- Nem um nem outro. A diferença é que aqui as pessoas bonitas estão vestidas...
A noite de ontem marcou também a volta do DJ residente Rafael Calvente, que anda arrasando cada vez mais, às picapes da festa depois de mais uma gig pelo Canadá. E diz que em breve o DJ estará em outros territórios além-mar...
Agora é voltar pra senzala que a semana está só começando.
Meu finde costuma ter 3 (ou 4, dependendo do dia em que começa) noitadas. mas depois de tanta função do verão e da semana incrivelmente pesada que tive no trabalho (e ainda estou tendo... aliás, eu deveria estar acabando um relatório agora e não postando aqui), estava mais pra lá do que pra cá e sem disposição pra muita coisa.
Rolou apenas um jantarzinho com meus pais na sexta e um filminho acompanhado no sábado. A única noite que realmente me fez me jogar foi o 00 no domingo, aquele famoso lugar que reúne o melhor público do Rio, sabe? Demorou um pouco, mas o clubinho encheu na medida certa (e muita gente que não conseguiu entrar no último Bailinho do verão partiu pra Gávea).
Falando nisso, é inegável o sucesso das noites de domingo no Rio. Certeza que a cidade descobriu uma vocação pós-praia pra fechar a semana de forma tranquila, tomando uns drinks e batendo um papo solto com os amigos.
E ainda me perguntaram ontem: - Aqui tem as pessoas mais bonitas ou as pessoas mais bem vestidas da cena gay do Rio?
- Nem um nem outro. A diferença é que aqui as pessoas bonitas estão vestidas...
A noite de ontem marcou também a volta do DJ residente Rafael Calvente, que anda arrasando cada vez mais, às picapes da festa depois de mais uma gig pelo Canadá. E diz que em breve o DJ estará em outros territórios além-mar...
Agora é voltar pra senzala que a semana está só começando.
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