Os bons filhos à casa tornam
Havia mais de um ano que eu não pisava em uma BITCH. Da última vez, a falta de estrutura me fez prometer que só voltaria quando a festa evoluísse, afinal, já não vivemos mais em época de amadores com pessoas esmagadas nas grades, cerveja quente, falta de água nos bares ou banheiros imundos.
(Só para explicar melhor: o mesmo sentimento eu tenho pelo Cine Ideal, local em que já fervi muitas e muitas vezes, mas que hoje tem uma assustadora programação bagaceira e os mesmos defeitos de quando a noite ainda era mambembe).
O inédito line up, com um top DJ internacional, e a volta à melhor locação que a festa já teve despertaram a vontade de ver de que maneira a label atualmente recebe o seu público, um dos mais fiéis da cidade. E isso me motivou a rumar para o parque de diversões às 3 da manhã.
Encontrei uma festa muito mais redonda do que deixei. Com exceção dos banheiros, onde tive impressão de que a qualquer momento levaria um tombo e deixaria a minha camisa super branca trabalhada na lama, a entrada foi organizada e os caixas e bares funcionavam muito bem (não à toa via-se uma pessoa bem íntima do staff da R:evolution controlando tudo com mão-de-ferro).
O som deu uma melhorada significativa graças à presença de Tony Moran: muitas produções do DJ e muito vocal no set, mas que infelizmente foi bem curto e acabou às 4:30. Depois, Marcus Vinicius assumiu as picapes. E aí desandou... O chato é saber que Marcus Vinicius é um ótimo DJ, mas que parecia perdido e não conseguiu fazer com que o som funcionasse - veja bem, não estou cobrando The Flame no final da festa. Longe de mim... Mas com se tratava de BITCH, não poderia esperar muito nesse quesito, já que a qualidade do som nunca foi o seu forte.
A decoração, que sempre foi o ponto alto, não existiu tão bela quanto em outras edições (compreensível, já que o "cd de remixes da Rihanna" não é um tema que possibilite muitos trabalhos) mas o imponente painel de leds na cabine, a iluminação da pista e as luzes na "cidade" do Terra Encantada deixaram a festa com um bonito visual.
O público, por sua vez, era o que chamamos de democrático. Das pintosas do bate-cabelo às barbies mais fervidas do circuito Rio-SP, todos estavam lá. Aliás, onde mais você poderia encontrar uma trava com uma roupa em que uma perna era calça comprida e a outra era short? Ou uma bee de cabelo rosa combinando com o shortinho? Momentos únicos.
E ainda teve algumas atrações liberadas (as que ainda possuem manutenção, quero acreditar). Não me arrisquei - não tenho mais idade para tais aventuras - mas amigos contaram grandes experiências no auto-pista e no barco Viking.
A festa terminou às 7 da manhã mas ficou a sensação de que faltava alguma coisa. E daí pro after foi um pulo. O fervo aconteceu num clubinho no final da Barra, o Capital Club, produzido pelas festas After Beach e Fam.us. As filas e a confusão na entrada atrapalharam um pouco (fica a pergunta: por que as bichas são tão mal educadas e adoram um empurra-empurra, mesmo sabendo que todo mundo vai entrar na festa?) mas nada que conseguisse tirar o brilho da jogação, já que o lugar é perfeito pra um after: ar-condicionado potente, bares funcionando, iluminação certa, ótimo som e um mezanino mais do que necessário. Os DJs ajudaram - e muito - no clima do lugar que, segundo um amigo, mais parecia o clipe de I'm a slave 4 u (lembre-se do video, se é que você me entende). Aliás, já ouvi a opinião que em termos de vibe, o after deu de dez na festa. E acabei concordando...
No final das contas, a festa provou que mesmo após 15 anos de existência, tem muito fôlego pra seguir em frente. Em meio a uma concorrência cada vez mais profissional, alguns ajustes são necessários, mas sem dúvida trata-se do maior evento gay da cidade. Diante de tanto sucesso, fica apenas a opinião de que a BITCH poderia se dar ao luxo de sair da fórmula arroz-com-feijão que a consagrou e arriscar novos formatos, novas programações e novas sonoridades, talvez até mesmo com uma segunda marca.
Vida longa à mais uma opção da noite carioca.
---
Um resuminho e a minha primeira contribuição pro Vipado aqui, ó.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
Ai que tudo!!!
Eu falo que preciso fazer uma jogação no Rio qualquer dia desses.
Quem sabe tá chegando.
Como sempre post com gostinho de matéria das mais completas!
Vou começar o movimento 'Gui na Vogue Já" rsrs
Aproveitei o link do Vipado e já esta nos favoritos do PC do trabalho.
Que venham mais e claro, mais contribuições no Vipado!
bjundá!
Sei que o tópico é a Bitch, mas quem vai ser o primeiro da blogoesfera que vai comentar sobre a saída do Robix da TW e a entrada do Gustavo Jr, ex LB???? Ou ainda ninguém sabe?? Ou todos estão fazendo a 'boca miúda' para não ofender o baixinho???
Gustavo Jr saiu da LB? Domingo passado ele tava lá tocando normalmente.
Se vc reparar na programação da TW, ele já esta escalado para o dia 25. Já o Robix.......O flyer da TW esta no orkut do Jeff.
Então só esqueceram de avisar ao Robix, porque as agendas dele no orkut e no site dele têm TW até o fim de abril.
Eu ainda espero o anúncio oficial...rs
Do que eu averiguei, Gustavo Jr começa mesmo na TWRJ dia 25, mas Robix não saiu não.
Enviar um comentário