O Mundo de Todas As Cores
Esse finde foi bem diferente. Não, não parti pra SP solto, afinal, isso não seria muito diferente... Fui parar em BH. Sim, a Parada de Belo Horizonte me fez mudar alguns planos e embarcar sábado pela amanhã rumo ao aeroporto de Confins. Motivado pela curiosidade com relação a noite da cidade e pelos amigos de Minas que fiz nos últimos tempos - especialmente na Parada de SP - esse foi o destino do finde.
Da última vez que lá estive, em outubro do ano passado, não fui muito feliz. Trabalhei igual a um corno por duas semanas inteiras e mal tive tempo de conhecer a cidade além da janela do táxi ou da varanda do hotel. Minhas companhias também não eram animadas e mesmo com algumas opções de restaurantes locais no shopping mais próximo, acabamos comendo em lugares como Outback. Naquele fim-de-semana, parti para um dos aniversários da TWSP e nem pude conhecer a noite mineira.
Dessa vez, comecei um pouco ressabiado dada a experiência trágica anterior. Ok, BH não é nada turística se compararmos com muitos outros lugares do país. Também não é tão grande como deveria ser, se levarmos em conta que se trata da terceira maior capital do Brasil. E ainda me causam estranheza aquelas placas com "Rio de Janeiro", "São Paulo" ou "Vitória" no Centro, bem longe das estradas que levam a essas cidades. Mas, por outro lado, não é tão suja, tão confusa, tão violenta ou tão complicada como as incomparáveis Rio e SP. E tem a melhor coisa que inventaram nos últimos tempos: os mineiros. Ô raça, gente. Lindos, educados, simpáticos, hospitaleiros. Alguém avisa que não dá pra ser tudo isso ao mesmo tempo, por favor? Eu, que já tinha uma forte queda por eles, talvez fruto das minhas férias passadas em São Lourenço e região quando criança, voltei absolutamente encantado.
Fomos recepcionados tão bem... Quando isso acontece pelos amigos – o que, graças a Deus, é bem comum comigo -, acabamos não dando o devido valor. Mas quando pessoas com quem você ainda não tem tanta intimidade fazem questão de te deixar o mais a vontade e enturmado possível, você se surpreende. E assim são os mineiros, o tempo todo. Seja pra te levar pra uma volta na cidade, fazer um convite pra almoçar, perguntar se você gostou do restaurante, se preocupar sobre o que você está achando da boate, se apresentar e dizer um sonoro “Do Rio?! I Love Rio!” ou ligar perguntando se você chegou bem em casa.
Comecei os trabalhos visitando dois simpáticos shoppings - o Pátio Savassi, que eu já conhecida, é lindo e prático, enquanto o Diamond tem um quê de elegante -, além de um belo tour pelos principais lugares e pelos bairros mais charmosos, Savassi e Lourdes.
Vale dizer que confirmei a fama mais uma vez, claro: uma das melhoras coisas de Minas é a comida. Fui a lugares que mesmo tendo uma culinária moderna eram absurdamente bons. Primeiro, Graciliano, em Lourdes, um quilo finérrimo e lindo onde de vez em quando rolam umas festinhas no domingo a la 00. JesusMariaJosé, coisa de louco! Tinha um atum que eu quase trouxe uma bandeja inteira pro Rio... Ainda tive o prazer de ir ao Café do Museu, ao Eddie Burgers (segundo informações, em breve no Rio!) e a uma temakeria. De quebra, ainda dei uma passada no simpático e bombado Café com Letras, onde todas as bees finas se reúnem na pré-night de sábado, como acontece no Felice carioca.
No finzinho da tarde e início da noite, fomos à procura de uma day party em uma casa na região da Pampulha chamada Love. Nada muito grande e até muito tranquila, mas com muitos lindos meninos reunidos e som do dj Flavio Lima, residente das pools de Rosane Amaral. Lá, ainda encontramos um grande grupo de cariocas, claro... Saímos por volta das 10, já que a festa principal ainda estava por vir.
A noite de BH me surpreendeu. No sábado, Isaac Escalante comandou o som da festa da Parada no club Josefine. Pra quem não conhece, fica a dica: a Jo é incrível, uma das melhoras boates que já fui, sem dúvida. Uma espécie de Bubu melhorada (digam o que quiser, mas eu tenho bode da Bubu, lembrem-se). No Rio, não existe nada comparável à casa mineira (a TWRio não conta, por razões óbvias). O som é ótimo, o espaço é na medida, os banheiros e bares funcionam perfeitamente e são de mais fácil acesso possível, as plasmas são lindas e a disposição da pista, com aquela escadaria no meio e um lounge no fundo, cria diversos ambientes em um só. A pista 2, então, nem se fala: modernérrima.
Isaac repetiu a dose da Nova Pool Party e fez um set incrível, fazendo o povo se jogar de You’re free a Whateva e Love Game. Se o boato se confirmar e ele vier também pra Parada do Rio, será merecidamente o Rei da Pride brasileira. A festa teve uma vibe absurda e não demorou muito pra um grande grupo se formar com todos os mineiros, paulistas, cariocas e capixabas que são figurinhas fáceis nos principais eventos dessas cidades. Aliás, a promessa é de uma The Week Rio com tooodo mundo junto na próxima semana. Ebaaa!
O domingo foi dia da Parada. Se a de São Paulo tornou-se um programa impossível que causa medo enquanto a do Rio é um grande encontro de amigos, a de BH reúne uma animação diferente, provavelmente por não ser tão grande. Apenas quatro carros fazem uma extenso percurso de subidas e descidas nas ladeiras da cidade, mas a galera vai atrás e aproveita de verdade. Eu não desci do trio da Josefine em momento algum e lá de cima achei tudo muito divertido... mas a essa hora, diga-se, eu já estava convencido de que qualquer coisa em Minas tem um clima único. Aliás, não sei se era a Parada, mas me parece uma cidade muito friendly e respeitosa - alguns dos muitos bares existentes são evidentemente gays e, segundo relatos, nunca houve sérios problemas.
Fato é que a Parada de BH entrou na minha agenda. E ainda tive uma ótima notícia: a ideia é fixá-la no terceiro domingo de julho, assim como a de SP cai no Corpus Christ e a do Rio caminha para se estabalecer no 12 de outubro. Mas antes disso, quem sabe, muito em breve eu não volte outras vezes à Terra do Pão de Queijo, né?
Os mineiros merecem.
terça-feira, julho 21, 2009
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6 comentários:
Gui...Que orgulho ler tudo isso que vc escreveu da nossa terrinha,e de nos mineiros tbm ne?
Volta mesmo!! e rápido..rs
bjão!
hey Bee!
Qdo rola a Parada Gay do Rio? Ou tó lesado e já rolou?!?!?!
Bisou
Até gosto dos mineiros, mas prá mim parecem que eles precisam de um 'tranco' para pegar. E fora que eles acham que o Rio é a praia deles, principalmente os gays mineiros. Eu diria que eles não são dos mal.
Oi Gui
Sou de SP, gosto muito do seu blog, leio sempre, mas nunca comento...Estou indo pro Rio este fds e queria uma dica do que fazer na sexta!!!
Abs
Mauricio
nós, mineiros, so agradecemos tamanho reconhecimento.
Minas Gerais também acho que só no tranco...
Sem falar que tudo ali é "pertim": uns 876km.
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